CREMERJ em Revista Janeiro / Fevereiro - 2021

12 CREMERJ em Revista • Janeiro / Fevereiro | 2021 Médico jovem Declaração de Imposto de Renda e saúde financeira Ementrevista ao CREMERJ em Revista, o professor de ciências contábeis e especia - lista em contabilidade médi - ca José Miguel Rodrigues da Silva deu dicas para que os médicos não caiam no fisco da Receita Federal. Apesar de ainda não ter sido confirma - do, o período para declarar o Imposto de Renda (IR) deve abranger os meses de março e abril de 2021, referente ao exercício de 2020. Devido aos diferentes vínculos trabalhis - tas que os médicos possuem, na hora de fazer a declaração, há mais chances de cair na malha fina. E isso acontece porque, já no início da car - reira,o médico se vê, muitas vezes, obrigado a abrir uma Pessoa Jurídica (PJ) para po - der atuar. Entretanto, nes - ta fase da vida, o indicado é abrir uma sociedade tributa- riamente mais barata e com maior risco patrimonial – que menos protege o patrimônio do médico. “E ao longo da carreira, deve-se avaliaras mudanças no tipo de empresae os ris - cos patrimoniais. À medida que há o aumento do pa - trimônio pessoal, é indica - do mudar para uma PJ que oferece um risco patrimo - nial menor, mas, que, em contrapartida, há um maior desembolso financeiro com tributos, principalmente Especialista contábil dá dicas e alerta que medicina é a profissão que mais cai namalha fina nas atividades de alto risco, como as cirúrgicas e as de reabilitação”, explica. O professorcontábil tam - bém sugere que os médi - cos adquiram a certificação eletrônica digital – emitida por empresa certificadora e que custa cerca de R$ 200 –, pois o documento permi - te ter acesso aos dados de forma mais fácil na hora de declarar o IR. Para José Miguel, além dos médicos atuarem como PJ, é indicado que eles con - sigam trabalhar em para - lelo como autônomos no consultório para que haja diversificação de renda. E um alerta importante é que cada especialidade tem suas peculiaridades e, por isso, os médicos devem fi - car atentos para que não se tenha perda de dinheiro. E é por isso que ele sugere que os médicos busquem ajuda especializada. De acordo com ele, em um primeiro momento, o residente costuma ser en- quadrado como Pessoa Físi - ca, o que não implica tribu - tação. Mas, para evitar ser surpreendido pela Receita, os jovens profissionais de - vem estar atentos ao tipo de contrato que vão assinar. “Muitos residentes já es - tão abrindo PJs, o que acaba gerando mais custos para ele, que ainda está na fase inicial de construção finan - ceira. A medicina é a profis - são que mais cai na malha fina e ainda há a peculiari - dade de que os médicos têm deduções que outros profis - sionais liberais não têm. Por isso, indico que realizem cur- sos sobre o tema, caso não tenham um profissional para auxiliar, pois acaba sendo um investimento”, destaca. Outra dica importante,

RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2