CREMERJ em Revista Outubro/2020

CREMERJ em Revista • Outubro | 2020 15 desenvolvimento dos alunos. Valorizamos o estudante de medicina e lutamos por uma formação de qualidade”, destacou a diretora do Conselho Beatriz Costa. Para Miguel Augusto, este reconhecimentoégratificante: “É umsinal de que o CREMERJ é atual e presta atenção no que acontece dentro das faculdades. O suporte dado à Ablam e às demais ligas demonstra que estamos fazendo um bom trabalho em relação às atividades de extensãovoltadas à sociedade e às de ensino e de pesquisa”. Para ele, os estudantes que, hoje, participam de alguma liga já vislumbram, no futuro, fazer a diferença na profissão. “Essa geração de futuros médicos viven - ciou, durante a graduação, um momento de grande influxo de informação; e surgimentos de novas técnicas e tecnologias, como a automatização de muitos processos, além de avanços na área de biologia molecular e de tecnologia da informação, em que há necessidade de atualização constante. Ansiamos por fazer parte da mudança de como a medicina é prati - cada no país. As ligas nos incentivam a isso. Não é à toa que são centenárias”, concluiu ele, que também é membro efetivo da Comissão de Integração do Médico Jovem do Conselho Federal de Medicina. As ligas acadêmicas de medicina comemoram seu centenário em 2020. Para entender melhor como elas surgiram no Brasil e o papel delas dentro das faculdades, o CREMERJ em Revista entrevistou o diretor de extensão nacional da Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Medicina (Ablam), Miguel Augusto Martins Pereira, estudante do 9º período da faculdade de medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). “As ligas surgiram em 1920, com a criação da Liga Acadêmica de Combate à Sífilis, na faculdade de medicina da Universidade de São Paulo. Nosso obje - tivo principal é aprofundar os conhecimentos sobre um determinado tema ou uma especialidade médica, atuando sempre com base nos três pilares acadêmicos ou no tripé universitário, que consiste em elaborar propostas de Ligas acadêmicas de medicina: há 100 anos no Brasil Trabalho desenvolvido é reconhecido pelas faculdades como atividade de extensão ensino, de pesquisa e de extensão”, explicou. Inicialmente, com caráter filantrópico, as ligas surgiram de ações contra as princi - pais epidemias da época, como hanseníase, tubercu - lose e sífilis. Hoje, o melhor conceito está associado a organizações acadêmicas semfins lucrativos, formados a partir da iniciativa discente. Os alunos são orientados por professores, vinculados à instituição de ensino da qual cada liga pertence. Todas as atividades desenvolvidas são consideradas como uma extensão ou complemen - tação pelas faculdades de medicina. Para o diretor, as ligas acadêmicas são impor - tantes na formação dos estudantes. “Elas ajudam no desenvolvimento de habilidades em pesquisa e em aplicação de metodo - logia científica. Criam um ambiente de estudo mais estimulante e podem ser uma alternativa àquela metodologia mais tradi - cional de aulas expositivas, mas nunca excludente”, afirmou. A Ablam reconhece, atualmente, 330 ligas acadêmicas de medicina, em atividade, noestadodoRiode Janeiro. No Brasil, o número ultrapassa 5,5 mil. Atento a isso, o CREMERJ abriu espaço para as ligas. “Reconhecemos a importância delas na formação médica e no Miguel Augusto Pereira Acadêmicos

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