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CREMERJ em Revista • Março | 2020 5 Pacientes de risco podem precisar realizá-lo antes. Má alimentação, uso de corti- coide há mais de três meses em doses acima de 5 mg, de dexametasona ou que te- nham histórico familiar da doença merecem atenção já na transição menopausal”, acrescentou. Na adolescência, a médi- ca recomenda a ida ao gine- cologista o quanto antes, até para que a jovem já se acos- tume com a presença deste profissional ao longo da sua vida. “Pode ser um pouco antes ou a partir da primei- ra menstruação. Ou, ainda, quando a jovem decidir ini- ciar a vida sexual. É impor- tante para que ela entenda melhor os métodos contra- ceptivos, tenha orientações sobre o funcionamento do seu corpo e sexualidade. É fundamental que o pediatra já tenha orientado os pais quanto à vacinação contra o HPV. Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos devem ser vacinados, mas o prazo pode estender para pessoas que nasceram com HIV”, explicou. Para a médica, a popula- ção feminina não deve an- dar alarmada com riscos de doenças, mas deve priorizar o cuidado com a própria saúde. Além disso, a vida estressante entre as mu- lheres tem aumentado os casos de doenças mentais e a depressão é uma delas. “A mulher deve praticar ati- vidade física, alimentar-se com qualidade, cuidar do seu bem-estar. Isso favorece o corpo e a mente”, frisou. O impacto da alimentação De acordo com Célia Regi- na, a alimentação tem mais poder do que muita gente pensa. Ter uma dieta balan- ceada e rica em nutrientes é essencial para o bom funcio- namento do organismo. “A mulher que tem can- didíase de repetição, dis- menorreia, endometriose, síndrome de ovário policís- tico ou síndrome metabólica deve ser avaliada por meio do estudo hormonal, ou seja, dentro da ginecologia clássica. Mas, em paralelo, é importante corrigir o padrão nutricional desta mulher. Conto há muitos anos com a atuação de nutricionistas junto ao meu trabalho de consultório. Isso tem sido um diferencial”, afirmou. Segundo ela, as respos- tas aos tratamentos podem ser distintas, dependendo da fase de vida da pacien- te. No entanto, no geral, há elementos que devem ser valorizados no dia a dia e que estão presentes na ali- mentação, como a ingestão de ômega 3, ácido fólico, vitaminas A, D, C, E e B12, magnésio, cálcio e zinco: “É importante fazer opções alimentares mais saudáveis. Saladas, legumes, frutas, oleaginosas (como as cas- tanhas) e proteínas estão entre elas. Todos esses ele- mentos que citei, além de outros, são essenciais para manter o equilíbrio da saú- de da mulher. Mesmo com a vida corrida, é possível se alimentar melhor. Hoje em dia, é muito mais uma ques- tão de escolha”.

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