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10 CREMERJ em Revista • Fevereiro | 2020 Médicos que fazem história Nascido em Salerno, na Itália, Pietro Novellino che- gou ao Brasil com apenas 5 anos. Na época, não imagi- nava que exerceria a nobre arte de curar e que seu nome entraria em um grupo de ex- celência na Medicina. Com técnicas adotadas até hoje, Novellino teve forte atuação na área acadêmica, na pes- quisa e na assistênciamédica. Atualmente, o cirurgião geral, especialista em ti- reoide, é diretor geral da escola de Medicina Souza Marques, professor titular de cirurgia na Estácio de Sá e professor titular de pós- -graduação em cirurgia na Universidade de Vassouras. Contribuiu para a criação do primeiro mestrado pro- fissional na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), passou por grandes hospitais e de- senvolveu novos setores. Além de ter sido, três vezes, presidente da maior e mais antiga entidade médica do país, a Academia Nacional de Medicina (ANM). CREMERJ em Revista - Como a Medicina iniciou sua vida? Pietro Novellino - Depois Entrevista com Pietro Novellino que cheguei ao Brasil, pas- sei minha infância e ado- lescência em Juiz de Fora. Com 18 anos, vim ao Rio de Janeiro fazer o exame de Medicina. Passei para a antiga Faculdade Nacional de Medicina, atual Univer- sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ainda estu- dante, comecei a trabalhar no hospital Moncorvo Filho sem ganhar nada. Tinha que esperar uma vaga. Essa era a forma de fazer o que cha- mamos de residência hoje. Fui admitido pelo professor Josias de Freitas, que era um expoente da cirurgia da tireoide. A ele, devo todo o ensinamento da minha es- pecialidade, foi meu mestre. CR - Nessa época, traba- lhava apenas nessa unidade? PN - Não. Dois anos de- pois, fui admitido como pro- fessor auxiliar na antiga Es- cola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, atual Uni- rio. Lá, fui nomeado primei- ro auxiliar de ensino, depois assistente, para o qual fiz concurso, e, posteriormen- te, concurso para adjunto. Quando meu chefe se apo- sentou, fiz concurso para professor titular e passei. CR - Em que momento de- cidiu sair doMoncorvo Filho? PN - Quando o Hospital Universitário Gafrée e Guin- le (HUGG) foi dado à Unirio, pois passei a chefiar o servi- ço de cirurgia. Grande parte da minha carreira foi como médico do HUGG. CR - Quando ingressou no Hospital Federal da La- goa (HFL)? PN - Em paralelo ao Ga- frée, fui nomeado cirurgião do HFL e trabalhei como assistente do Felício Falci. Foram 20 anos de trabalho. Além das operações, criei

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