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CREMERJ em Revista • Janeiro | 2020 11 Sherlock Holmes foi real? Saiba a seguir O futuro tá aí Estima-se que existam mais de 45 mi- lhões de pessoas vivendo com demências no mundo e que esse número irá dobrar a cada 20 anos, segundo dados do Instituto Alzheimer Brasil (IAB). A doença de Alzhei- mer é o tipo mais frequente de demência, que contabiliza de 60% a 70% de todos os casos. As mulheres são mais frequentemen- te afetadas do que os homens. Atualmente não há cura para o Alzhei- mer, mas cientistas de todo o mundo se empenham em testes que podem trazer avanços no tratamento. Uma das novidades no assunto é a descoberta de cientistas do Instituto Europeu de Pesquisa do Cérebro da Fundação Rita Levi-Montalcini, na Itália, de uma molécula que bloqueia o desenvol- vimento da doença em seu estágio inicial. Publicada na revista Cell Death and Diffe- Avança tratamento contra Alzheimer rentiation , a pesquisa aponta que o anticor- po A13 estimula o nascimento de neurônios, combatendo os problemas acarretados pe- las fases precoces do mal de Alzheimer. No estudo, ratos foram submetidos a um tra- tamento com essa molécula e retomaram a produção de neurônios a um nível quase normal, o que, segundo os pesquisadores, abre novas possibilidades para os pacientes. Agora é esperar para que o tratamento pos- sa ser aplicado em humanos o mais breve possível. Diagnóstico Empenhos também têm sido feitos para encontrar exames mais simples e certeiros para diagnosticar o Alzheimer. Atualmente, a investigação da doença é feita por meio de questionário, ressonância magnética ou punção. Estudiosos da Universidade Washington, nos Estados Unidos, anunciaram uma tec- nologia que consegue medir uma molécula chamada beta-amiloide na corrente sanguí- nea. Essa proteína se acumula dentro do cé- rebro e forma placas que matam os neurô- nios. Apesar da notícia positiva, a técnica ain- da não está disponível e não há previsão: o novo exame precisa ser avaliado em milha- res de pessoas antes de ser liberado para clí- nicas e consultórios. Cientistas descobrem molécula que freia desenvolvimento da doença

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