CREMERJemRevista-Jan20

8 CREMERJ em Revista • Janeiro | 2020 Colapso na Saúde Não é de hoje que a cri- se na Saúde preocupa mé- dicos e toda a sociedade. O CREMERJ, por exemplo, com base nas fiscalizações realizadas e denúncias re- cebidas, é um dos que cha- ma a atenção, há anos, para o problema. No entanto, a situação só se agrava na esfera federal, estadual e municipal. No fim do ano de 2019, o destaque foi para a prefeitura do Rio de Janei- ro, que chegou a suspender pagamentos devido à crise financeira. Os atrasos de salários motivaram parali- sações, impactando princi- palmente nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nas clínicas da família. Saúde pública Presente nas três esferas, sucateamento nas unidades só aumenta Com os espaços de atendi- mento à atenção primária prejudicados, as emergên- cias ficaram ainda mais su- perlotadas. Antes de encerrar o ano, a situação da rede munici- pal havia sido amenizada, mas o cenário ainda é pre- ocupante. De acordo com o diretor do CREMERJ Flavio de Sá, enquanto boa parte dos contratos na Saúde for por meio de Organizações Sociais (OSs), a cidade pode enfrentar outras suspen- sões de serviços por atrasos ou falta de pagamentos. “Onde existe OS, há di- ficuldade de regularidade de pagamento por parte do poder federativo, seja ele municipal ou estadual. Foi falado muito do caos no município, mas o estado do Rio também tem mui- tos contratos por OS. É um problema generalizado e os mais prejudicados, obvia- mente, são a população e os profissionais que atuam na rede pública”, afirmou. Para Flavio de Sá, é im- portante entender que as OSs não são uma solução. “Faz tempo que o Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo sucateado. As OSs foram uma medida contur- bada para tentar suprir uma necessidade da rede. Por isso, há tantos problemas”, frisou. E os contratempos são Devido à superlotação, pacientes são internados no corredor da emergência do HFA

RkJQdWJsaXNoZXIy NDE1MzA5