CREMERJemRevista-Out19

26 CREMERJ em Revista • Outubro | 2019 Se fizéssemos uma pes- quisa entre crianças de oito a doze anos, de diversos países, sobre qual seria sua profissão futura, iríamos nos deparar com algumas escolhas bem interessan- tes. Antigamente, nos Esta- dos Unidos, era quase que unânime a tendência para a carreira de astronauta. Talvez, pela projeção que anos atrás o país tinha em relação às viagens espa- ciais. Isto dominava o ima- ginário dos guris norte-a- mericanos. Mas, hoje, mudou. Se- gundo o Instituto de Pes- quisas Harris Poll, três mil crianças foram contatadas sobre suas preferências fu- turas, nos Estados Unidos, no Reino Unido e na China. Nos EUA, assim como na In- glaterra, venceu com 30% e 29%, respectivamente, a carreira de YouTuber! E só 11% gostariam de ser as- tronautas, nos dois países. Na China, 56% querem ser astronautas. E 18% querem abraçar o sonho de serem YouTubers. No Brasil, nem precisa- mos de institutos de pesqui- sa pra nos referendar o que todos já sabemos: crianças brasileiras, principalmente, do sexo masculino, querem ser... Jogadores de Futebol! Então, por que algumas, desde que são peque- nas, dizem, claramente, que querem médicos? Olha que complicado. Os jo- vens que escolhem esta car- reira não vão poder usufruir de sua juventude em toda sua essência. Vão ter estu- dar como loucos antes, du- rante e depois da faculdade. Então, por que eles que- rem esta vida? Dedicada a estudar e tratar de outras pessoas. E durante a vida toda não terão descanso. Muitas vezes serão incom- preendidos. Terão missões dificílimas de salvar vidas, curar pessoas. Ou, como se- res humanos normais, ten- tar salvar. Afinal, não são deu- ses, por mais que al- guns pacientes os classi- fiquem assim. O que se passa na cabeça deles? Poderiam ser advogados, engenheiros, professores, administradores ou quais- quer outras profissões que não demandassem tantas horas à disposição do pró- ximo. Sim, porque médico não tem vida própria. Mé- dico nunca descansa total- mente. Tem horas ou mi- nutos de descanso e prazer. São seres especiais, que não desistem de seus sonhos de ajudar as pessoas. Aliás, que levam a sério uma frase de vários filósofos e pensa- dores: “Quem não vive para servir, não serve para viver”. Médico que é médico, na essência da profissão, conversa com o paciente, o ausculta, vê seu estado ge- ral, emocional, psicológico, físico. Médico que é médico ouve seu doente, trata das feridas, expostas ou não. Médico que é médico Ei, Doutor! Ei, Doutora! Homenagem ao médico

RkJQdWJsaXNoZXIy NDE1MzA5