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CREMERJ em Revista • Outubro | 2019 15 Outra novidade foi a transfusão de sangue. A primeira, precedida da rea- lização de provas de compa- tibilidade, foi realizada em 1907, por Reuben Ottenber. Mas, a utilização em larga escala, começou a partir da 1ª Guerra Mundial (1914- 1918). E as transfusões sal- varam muitas vidas. Além destes tratamen- tos médicos, que incluíam a Pílula 9 e morfina, usavam cocaína e bebidas alcoólicas para amenizar as dores. E outro número cabalísti- co, também, era usado pe- los médicos do front. O nú- mero 13. É que eles levavam 13 tipos de comprimidos, os mais diferentes possíveis, que eram dados aos solda- dos. E cada um deles era identificado pelos médicos e enfermeiros com um nú- mero específico, numa caixa de primeiros socorros. Cada qual num compartimento diferente e numerado con- forme sua utilização. Dentre as várias pílulas, existiam as que serviam para males diversos. Epine- frina (Adrenalina), Sulfa- to de Quinina, Fenacetina (Acetaminofeno), Perman- ganato de Potássio e a “fa- mosa” Pílula nº 9, que ser- via pra tudo. Na verdade, ela continha uma mistura de Ruibarbo (planta her- bácea), Cloreto Mercuroso e Citrullus colocynthis . Em outras palavras, era dado um violento laxante para os pobres coitados, que ao ingerir a tal pílula, botavam para fora tudo! Era diarreia direto! E melhoravam, na maioria das vezes. Ou não. E é fácil explicar. Alguns sol- dados estavam realmente doentes. Outros, não. Estes fingiam estar porque não aguentavam mais a guerra e queriam voltar para casa. Então, o médico “tacava” a Pílula nº 9 para dentro do in- cauto e acabava sabendo a verdade. Ou se estava doen- te ou não. E assim, criou-se a Lenda da Pílula número 9! Fonte de pesquisa: Glimpsing Modernity: Military Medicine in World War

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