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CREMERJ em Revista • Outubro | 2019 9 Segundo sua biografia, quando ameaçado pelos co- munistas, Mullerat pensou em sair de sua cidade, mas, lembrou que seus doentes ficariam abandonados e de- sistiu da ideia. Ele foi captu- rado em casa e preso. “Nós nos reunimos na entrada da casa para dar adeus ao meu pai. No bol- so dele, levava um crucifi- xo e alguns remédios. Um deles serviu para curar um de seus perseguidores, que ficou ferido ao disparar a arma”, contou Adela Mulle- rat, uma de suas filhas. Durante o tempo em que Mullerat esteve preso, curou agressores e pres- creveu remédio para o filho doente de um dos milicia- nos que o manteve preso. Quando já estava em dire- ção ao local de sua morte, escreveu em um papel o nome de todos os pacientes que esperavam a sua visita e pediu que entregassem a lista para um médico de um povoado próximo para que ele pudesse substituí-lo no atendimento. Mullerat foi fuzilado, sem julgamento ou defesa, em 13 de agosto de 1936, em “El Pla”. Ele foi beatificado em 23 de março de 2019. A causa da beatificação durou 15 anos e foi concluída de- pois de longas investigações para provar que ele morreu em nome da fé.

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