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24 CREMERJ em Revista • Setembro | 2019 Antes de chegar às uni- dades de saúde em diversos pontos do país, as vacinas passam por um extenso processo de produção. No Rio de Janeiro, elas são fa- bricadas pelo Instituto de Tecnologia em Imunobio- lógicos (Bio-Manguinhos), no Complexo Tecnológico de Vacinas (CTV), locali- zado dentro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Instituto é um dos maiores da América Latina e, de lá, saem anualmente, cerca de 120 milhões de doses. Construído em 1976, o CTV fica num espaço de mais de 40 mil metros qua- drados e conta com, aproxi- madamente, 1,7 mil colabo- radores. Somente em 2018, atendeu 34% do mercado público nacional de vacinas. Trabalhando em conjunto com outros laboratórios, a Fiocruz se esforça para manter o complexo dentro dos padrões internacionais de segurança e tecnologia. Diretamente ligado ao Mi- nistério da Saúde, as vacinas produzidas são distribuídas, gratuitamente, pelo SUS em mais 36 mil salas de vacina- ção espalhadas pelo país. Antes de serem disponi- bilizadas para a população, as vacinas passam por um longo processo de testes que pode levar de cinco a 15 anos. Há uma rigorosa pes- quisa clínica, composta por quatro fases, e só depois de aprovadas para uso comer- cial pelas autoridades sani- tárias é que chegam ao mer- cado. Nesta fase, elas ainda têm sua eficácia avaliada. Para a médica e mestre em Pesquisa Clínica pelo Instituto de Pesquisa Clíni- ca Evandro Chagas (Fiocruz) Maria de Lourdes de Souza Maia, o grande diferencial do Brasil no desenvolvi- mento das vacinas se dá por conta de dois fatores: – Ao longo dos anos, o Brasil fortaleceu a estrutu- ra de imunização. Primeira- Fiocruz: Complexo Tecnológico de Vacinas é referência dentro e fora do país Unidade tem capacidade de produzir, anualmente, cerca de 120 milhões de doses de vacinas O SUS que dá certo

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