Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 2 - número 3 - 2023

53 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.2, n.3, p.38-60, jul-set 2023 Vacinação no idoso Ronaldo Rozenbaum e com adjuvantes, como a VZR, geralmente podem ser administradas ao mesmo tempo que outras vacinas de rotina em adul- tos, mas em locais anatômicos diferentes, incluindo vacinas contra Covid-19. (51) A coadministração da VZR foi estudada com a vacina inativada contra influenza sem adjuvantes, vacina pneumocócica polissa- carídica 23-valente, vacina pneumocócica conjugada 13-valente e tríplice bacteriana acelular do adulto sem evidências de inter- ferência na resposta imune das vacinas; a administração concomitante com as vacinas contra Covid-19 está sendo estudada. Quando possível, as pessoas candidatas ao uso de medicações imunossupressoras devem se vacinar antes de ficarem imu- nossuprimidos; se não for possível, deve-se considerar o melhor momento de vacinar como os períodos de menor imunossupres- são e de doença estável. As reações adversas da vacina VZR podem ser locais ou sistêmicas; os efeitos adversos costumam ser menos graves após a segunda dose (53) e menos frequentes em pessoas commais de 70 anos quando com- parados com aquelas entre 50 e 69 anos. (54) Esta vacina tem se mostrado muito efi- caz e segura e os eventos adversos mais comuns são dor (78%), edema e verme- lhidão no local da aplicação, geralmente de intensidade leve a moderada. Efeitos adversos sistêmicos mais comuns foram mialgia (44,7%), fadiga (44,5%), cefaleia (37,7%), tremores (26,8%), febre (20,5%) e sintomas gastrointestinais (17,3%). Os efeitos adversos usualmente se resolvem em 2 a 3 dias. (55) Contraindicações e precauções (56) Esta vacina não deve ser administrada a pessoas com histórico de reação alérgica grave a qualquer componente desta vacina, pessoas com episódio agudo de HZ, pessoas com doença aguda moderada a severa e gestantes. Em caso de episódio atual de herpes- -zóster, a vacinação deve ser adiada até que a fase aguda da doença tenha regredido. Embora não haja um intervalo bem definido entre um episódio de HZ e a administração da vacina inativada (VZR), ela não deve ser administrada nas pessoas que estejam em curso de um episódio agudo de HZ; nestes casos está recomendado aguardar a resolução do quadro clínico. Nas pessoas com história conhecida de síndrome de Guillain-Barré (SGB), alguns autores recomendam evitar esta vacina até que a associação causal entre VZR e SGB, observada em estudo pós-comercialização, seja estabelecida e/ou enquanto se aguar- dam dados de segurança adicionais. TÉTANO, DIFTERIA E COQUELUCHE A coqueluche é doença bacteriana agu- da, altamente contagiosa, causada pela Bor- detella pertussis e caracterizada por tosse paroxística. Nos países desenvolvidos, após a introdução da vacina contra a coqueluche

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