Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 2 - número 3 - 2023

24 Acalasia: diagnóstico e terapêutica Gerson Domingues e Ana Tarasiuk Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.2, n.3, p.18-37, jul-set 2023 Uma vantagem adicional do método é o fato de não ser mais necessário o reposi- cionamento da sonda durante o exame. Na MEAR, todas as estruturas são estudadas de uma só vez, já que os sensores contemplam desde o EES até a JEG, reduzindo, conside- ravelmente, o tempo de exame e o desconforto do paciente durante sua execução. (10) Com a adoção da alta resolução e da DTP colorimétrica, chamadas de MEAR, fez-se necessária uma nova classificação da motilidade esofágica, diferente daquela usada para sistemas de MEC. Desta forma, Pandolfino e col. (14) caracterizaram as diver- sas nuances da motilidade esofágica de 75 voluntários normais e de 400 pacientes com Figura 1 Espectro colorimétrico de uma onda peristáltica normal. Notam-se duas zonas de alta pressão, que correspondem ao esfíncter esofágico superior (EES) e à junção esôfago-gástrica (JEG). Entre o EES e a JEG, percebemos a onda peristáltica ocorrendo no sentido crânio-caudal, conforme o gradiente de latência. Os sensores de pressão estão dispostos da hipofaringe ao estômago, permitindo a delimitação espacial de todo o esôfago. A janela de deglutição corresponde aos 10 segundos que se seguem à abertura do EES ou ao período de abertura do EES até o fim da contração peristáltica (nos casos em que há peristalse).

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