Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 2 - número 2 - 2023

91 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.2, n.2, p.87-92, abr-jun 2023 Uso tardio de fibrinolítico em empiema pleural em paciente pediátrico: relato de caso Annestella de Lima Pinto et al. Na análise do resultado obtido, o uso tardio da alteplase intrapleural, nesse rela- to, foi considerado satisfatório, evidenciado pela melhora importante da expansibilidade do pulmão direito, visto na radiografia de tórax, após 3 dias do uso do fibrinolítico, evitando, desta forma, a toracotomia e os seus riscos. Tal resultado foi observado no trabalho de Bose et al., (5) que utilizou estreptoquinase intrapleural para trata- mento de empiema torácico em 28 crianças. Das 28 crianças, 19 iniciaram o protocolo de fibrinolítico em fase tardia, e, destas, 17 crianças (89%) apresentaram resposta satisfatória. Uma metanálise com 10 estudos relatou que os fibrinolíticos intrapleurais reduziram a necessidade de cirurgia e de tempo de hospitalização. (6) Em concordância com os estudos da li- teratura, não observamos efeitos colaterais graves em nosso paciente. Concluímos que a instilação intrapleural da alteplase e a VTCA surgem nummesmo protocolo de atuação, tendo o fibrinolítico como opção de primeira linha, por se tratar de uma excelente ferramenta a ser utilizada no tratamento do DPP, na fase fibrinopu- rulenta, com melhora da expansibilidade pulmonar, baixos riscos de efeitos colaterais e por evitar um procedimento cirúrgico mais agressivo na criança. Figura 4 Protocolo da alteplase em crianças HMSA. DPP Piora clínica Loculações ou septações no líquido pleural Líquido pleural: pH 7,2; Glicose < 40mg/dL; LDH> 1000U; GRAM e/ou cultura positiva ALTEPLASE INTRAPLEURAL Diluir 4mg da alteplase em 40mL de SF 0,9% e instilar no dreno de 24/24 horas por 2 a 3 dias.

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