Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 3 - 2022

46 Bradiarritmias: do diagnóstico ao tratamento Luiz Eduardo Montenegro Camanho et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.3, p.36-48, jul-set 2022 manifestação da DNS, mas atualmente é uma entidade clínica já bem estabelecida. A compressão do seio carotídeo (CSC) provoca estimulação dos barorreceptores, que resulta em resposta parassimpatica aumentada com diminuiçao da atividade simpatica, causando bradicardia e hipo- tensao arterial transitoria. A hipersensi- bilidade do seio carotídeo (HSC) seria uma resposta fisiológica exacerbada. O teste diagnóstico para HSC deve ser realizado através da aplicação de pressão suave por 5 a 10 segundos sobre o seio carotídeo em sequência, sendo primeiro à direita e, posteriormente, à esquerda. A CSC deve ter o monitoramento contínuo da frequência cardíaca, PA e eletrocardio- grama. (2) O processo deve ser repetido na posição ortostática, pois aumenta a sensi- bilidade diagnostica. Devido à ocorrencia de possiveis complicaçes, a CSC e con- traindicada nos pacientes com antecedentes de acidente vascular cerebral ou infarto do miocárdio nos ultimos 3 meses, sopro carotídeo ou estenose carotidea ≥70%. (5) A HSC apresenta três formas de apre- sentação: 1. Forma cardioinibitória: assis- tolia ≥3 segundos (sinusal ou em forma de bloqueio atrioventricular) – forma mais frequente; 2. Forma vasodepressora: re- dução da PAS ≥30 mmHg com reprodução de sintomas ou ≥50 mmHg; 3. Forma mista: Figura 10 Bloqueio AV total – dissociação AV completa. Intervalo RR fixo com frequência sinusal maior que a ventricular.

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