Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 3 - 2022

8 Nova abordagem da fibrose pulmonar idiopática Cláudia Henrique da Costa et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.3, p.7-20, jul-set 2022 aproximadamente 3 milhões de indivíduos com FPI no mundo. A mortalidade da FPI é elevada e a sobrevida dos pacientes não tratados é estimada de 3 a 5 anos. (1) Dessa forma, a doença mostra-se mais agressiva do que diversos cânceres. (2) A maioria dos estudos apresenta uma predominância de FPI em homens, apesar de não ser claro se o motivo para essa estatística está na própria genética ou em condições socioambientais. Ademais, a incidência de FPI aumenta con- sideravelmente com a idade. (1) Atualmente, novas terapias antifibróticas apareceram, mas os seus efeitos ainda não estão claros no prognóstico da doença. Por fim, os casos de FPI apresentam aumento, mas esses dados podem ser resultado de um maior diagnóstico da doença. vida dos indivíduos. (1,2) Esse artigo busca explicar a epidemiologia e a fisiopatologia da FPI, além de aprofundar as necessidades de um diagnóstico e tratamento adequado da doença para uma progressão mais fa- vorável dos casos clínicos. EPIDEMIOLOGIA AFPI possui incidência global variável e apresenta variações nacionais, isso porque, provavelmente, repercute os fatores de risco socioambientais. Estima-se, segundo uma revisão ampla global, que existem cerca de 2,8 a 9,3 casos por 100.000 pessoas por ano na América do Norte e na Europa, mas uma quantidade significativamente menor de ca- sos na Ásia e na América do Sul. (2) Assim, há Figura 1 Classificação das doenças pulmonares intersticiais Fonte: Adaptado de Kreuter et al. (16)

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