Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 3 - 2022

18 Nova abordagem da fibrose pulmonar idiopática Cláudia Henrique da Costa et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.3, p.7-20, jul-set 2022 Figura 9 Pulmão de Paciente com Fibrose Pulmonar Idiopática Legendas: NC = não comprometido; FAV = faveolamento; PL= Pleura Lobulada; N = área normal; F = fibrose. Obs.: Paciente de 57 anos com FPI e que realizou transplante do pulmão esquerdo (PE). Na macroscopia (painel A e B), notem a importante redução volumétrica do PE do receptor. Há irregularidades pleurais (painel A) e multiplicidade de cistos pulmonares de diferentes tamanhos (painel B). Na lâmina de hematoxilina e eosina (painel C), com o aumento de 40x, há uma área normal e outra com fibrose “densa”. A visualização de áreas muito acometidas com áreas preservadas é uma das características do padrão PIU na patologia pulmonar. O paciente teve uma sobrevida de 13 meses após a realização do transplante de pulmão. Os cuidados paliativos devem fazer par- te da abordagem terapêutica, com o manejo dos sintomas e o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, apoio edu- cacional, psicológico e espiritual, que são fundamentais para gerenciar doenças em estágio terminal, mas também para ajudar os cuidadores. (12,16) A suplementação de oxi- gênio nos pacientes com hipoxemia deve ser implementada especialmente se estiverem em estágio avançado da doença. O uso am- bulatorial de oxigênio está associado a uma melhora significativa do estado de saúde em pacientes, tornando-se uma intervenção terapêutica importante para reduzir a disp- neia em todos os pacientes que apresentam insuficiência respiratória, tanto ao esforço quanto em repouso. A tosse seca frequente e em repouso está relacionada com a menor sobrevida e com piora da qualidade de vida do paciente. Utilizam-se corticosteroides, opioides, neuromoduladores ou talidomida para alívio do sintoma. A pirfenidona pode diminuir a taxa de tosse em 34% após 12

RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2