Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 3 - 2022

96 Diagnóstico e estratégia terapêutica na depressão resistente ao tratamento Walter dos Santos Gonçalves et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.3, p.94-104, jul-set 2022 modelo, a resistência é definida conforme forem ocorrendo falhas progressivas a uma sequência de estratégias farmacológicas antidepressivas (Tabela 2). Já o estadia- mento de Maudsley, de 2009, incorpora evidências mais recentes que também in- fluenciam na resistência, como duração do quadro depressivo, gravidade do trans- torno, e se foram realizadas estratégias de potencialização ou não ao tratamento. Nele, o estágio de DRT é estimado mediante a soma de cada item, sendo pontuações mais elevadas associadas a maior resistência (ver Tabela 2). (8) Tabela 2 Modelos de Estadiamento para Depressão Resistente ao Tratamento Modelo de Thase e Rush (1997) Estágio I Não resposta ao uso adequado de pelo menos um antidepressivo Estágio II Não resposta ao uso adequado de pelo menos dois antidepressivos de classes distintas Estágio III Estágio II somado a não resposta ao uso adequado de um antidepressivo tricíclico Estágio IV Estágio III somado a não resposta ao uso adequado de um inibidor da monoamina oxidase Estágio V Estágio IV somado a não resposta a eletroconvulsoterapia Modelo de estadiamento de Maudsley (2009) Parâmetro/Dimensão Especificação Pontuação Duração Aguda (< 12 meses) Subaguda (13-24 meses) Crônica (> 24 meses) 1 2 3 Gravidade (linha de base) Subsindrômico Leve Moderado Grave sem sintomas psicóticos Grave com sintomas psicóticos 1 2 3 4 5 Falha terapêutica Antidepressivos Nível 1: 1-2 medicações Nível 2: 3-4 medicações Nível 3: 5-6 medicações Nível 4: 7-10 medicações Nível 5: > 10 medicações 1 2 3 4 5 Potencialização Não utilizada Utilizada 0 1 Eletroconvulsoterapia Não utilizada Utilizada 0 1 Total 3-15

RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2