Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 2 - 2022

45 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.2, p.7-48, abr-jun 2022 Bases racionais da antibioticoterapia nos pacientes idosos. Atualização Nelson Gonçalves Pereira et al. toxicidade associada limita a sua utilização em idosos. Recentemente, dada a alta potên- cia e elevada barreira genética de classes, como a dos Inibidores da integrase (INI) e IP/r, esquemas contendo apenas duas classes, como INI + IP/r, ou somente uma classe (INI ou IP/r) associada à lamivudi- na, a chamada terapia dupla, têmmostrado eficácia e segurança similar ou superior aos esquemas triplos tradicionais, com menor taxa de eventos adversos. Os esquemas recomendados para pa- cientes elegíveis à terapêutica dupla são dolutegravir + lamivudina (1ª opção) e da- runavir/r + lamivudina (2ª opção). Para simplificação do esquema antir- retroviral sem necessidade de autorização por câmara técnica, há alguns critérios a serem seguidos: (11) ƒ Adesão regular à TARV; ƒ Carga viral (CV) indetectável nos dois últimos exames, sendo a última CV realizada há menos de seis meses; ƒ Exclusão de coinfecção com hepatite B ou tuberculose; ƒ Pacientes com estabilidade clínica (sem infecções oportunistas) e com clearance de creatinina que não implique redução dedoseda lamivudina (ClCr > 49mL/min); ƒ Idade maior ou igual a 18 anos; ƒ Não estar gestante; ƒ Ausência de falha virológica prévia a qualquer esquema antirretroviral. A terapia dupla tem importante apli- cação no tratamento de pacientes idosos, frequentemente polifarmácia, com impacto direto na redução da toxicidade e interações medicamentosas. REFERÊNCIAS 1. Abbot IJ & Cairns KL. Daptomycin: An overview. In UPTODATE (2021). Acesso em 08/12/2021. 2. Azar A & Ballas ZK. Immune function in older adults. In UPTODATE (2021). Acesso em 29/11/2021. 3. Baghban A & Juthani-Mehta M. Antimicrobial use at end of life. Infct Dis Cli N Am (2017), 31: 639-647. 4. Bandaranayake T & Shaw AC. Host resistance and imune aging. Clin Geritr Med (2017), 32: 415-432. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico HIV/Aids. Brasília, DF, Número especial. 2020. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/ pt-br/pub/2020/boletim--´[kç/´[´´[kç/[k],*epidemiologico-hivaids-2020). Acesso em 28/12/2021. 6. Benson JM. Antimicrobial pharmacokynetics and pharmacodynamics in older adults. Inf Dis Cli N Am (2017), 31: 609-617. 7. Boletim Epidemiológico AIDS e DST. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, PN de DST e AIDS, Ano V, n. 1, 1ª à 27ª a 53ª - semanas epidemiológicas - julho a dezembro de 2016 Ano V - nº 1 - 01ª a 26ª - semanas epidemiológicas - janeiro a junho de 2017. 8. Bradley SF. Principles of antimicobial therapy in older adults. Clin Geriatr Med (2016), 32, 443-457.

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