Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 2 - 2022

58 Fibrilação Atrial – diagnóstico, fisiopatologia e terapêutica Eduardo B. Saad e Charles Slater Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.2, p.49-62, abr-jun 2022 Estratégias de Ablação Na atualidade, a estratégia para abla- ção de FA deve envolver o isolamento das veias pulmonares independentemente da classificação da FA (paroxística, persis- tente ou permanente). Este isolamento deve ser comprovado eletricamente por mapeamento no interior das VPs (Figura 3). A maioria das publicações demonstra resultados favoráveis, com taxas de su- cesso superiores a 80%. (23) Nas formas persistente e permanente, pode ser necessária a criação de barrei- ras elétricas adicionais, para contemplar e isolar eletricamente o substrato mio- cárdico atrial alterado, responsável pela perpetuação da FA. O isolamento elétrico da parede posterior, do apêndice atrial esquerdo, do seio coronário e o bloqueio do istmo do anel mitral são as estratégias adicionais mais utilizadas. A manutenção do ritmo sinusal ocorre em torno de 60% Figura 2 Ablação por cateter da FA. Através de acesso transeptal ao átrio esquerdo (A), um cateter de mapeamento circular e o cateter de ablação são utilizados para realizar lesões de radiofrequência (RF) ao redor das veias pulmonares. Um cateter de eco intracardíaco (ICE) é posicionado no átrio direito para detalhamento anatômico em tempo real. O resultado final é mostrado em B, onde aplicações de RF ao redor das veias pulmonares são demonstradas (pontos em vermelho). A B

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