Publicação científica trimestral do CREMERJ

97 Abordagem do nódulo de tireoide Mauricio Forneiro et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.92-101, jan-mar 2022 Tabela 4 Resultados da PAAF (5) Categoria Diagnóstica: Sistema Bethesda Risco de Malignidade Recomendações Insatisfatório (BI) 1-4% Repetir PAAF c/ US Benigno (BII) 0-3% Seguimento Atipia (ou lesão folicular) de significado indeterminado (BIII) 5-15% Repetir PAAF em 3m: se PAAF persistir com atipia: considerar cirurgia Neoplasia folicular (ou de células de Hürthle) (BIV) 15-30% Lobectomia/(tireoidectomia total) Suspeito p/ malignidade (BV) 60-75% Tireoidectomia total/lobectomia Maligno (BVI) 97-99% Tireoidectomia total ] Indeterminados Os nódulos com menos de 1,0cm de diâmetro devem ser puncionados quando apresentaremmicrocarcinomas papilíferos, localizados adjacentes à cápsula da tireoide, mesmo muito pequenos, assim como quando apresentarem extensão extratireoidiana. Portanto, nódulos com menos de 1,0cm de diâmetro, com características ultrassono- gráficas suspeitas, devem ser puncionados se localizados no istmo, próximo ao nervo laríngeo recorrente ou na presença de linfonodos atípicos. (10-12) Para o diagnóstico citopatológico tam- bém utilizamos o sistema Bethesda para classificação dos nódulos de tireoide: (13,14) ƒ BI (Bethesda categoria I): material insatisfatório. ƒ BII (Bethesda categoria II): nódulo be- nigno: bócio coloide, nódulo hiperplá- sico, tireoidite linfocítica. ƒ BIII (Bethesda categoria III): ati- pia (ou lesão folicular) de significado indeterminado. ƒ BIV (Bethesda categoria IV): neoplasia folicular ou suspeita de neoplasia folicular. ƒ BV (Bethesda categoria V): suspeito para malignidade. ƒ BVI (Bethesda categoria VI): maligno (Tabela 4). iv) Cintilografia Na presença de hipertireoidismo e TSH suprimido, o mapeamento com radionuclí- deos de nódulos tireoidianos é importante para indicar se o nódulo é hiperfuncionante (quente). O nódulo hiperfuncionante, com ou sem supressão extranodular, é quase sempre benigno, enquanto o nódulo não fun- cionante, que representa 90% dos nódulos, tem risco de 10%de ser maligno (Figura 2).

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