Publicação científica trimestral do CREMERJ

95 Abordagem do nódulo de tireoide Mauricio Forneiro et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.92-101, jan-mar 2022 do nódulo, sua composição e características, linfonodos suspeitos na região cervical, compressão ou invasão de estruturas cer- vicais adjacentes. A US é utilizada para procedimentos diagnósticos como a punção aspirativa por agulha fina, procedimentos terapêuticos (aspiração de cistos, injeção de etanol, terapia com laser) e monitoramento do crescimento do nódulo. (5,6) A principal desvantagem da US é o fato de ser um exame que depende da capacita- ção do operador e apresentar considerável variação entre examinadores. Como quali- dade, destaca-se a sua acessibilidade, ser custo-efetiva e não invasiva, constituindo- -se em exame indispensável na avaliação do nódulo tireoidiano. (7) Alguns achados detectados pela US são associados a nódulos benignos, como nódu- los puramente císticos e nódulos de aspecto “espongiforme” (assim definidos quando ocupam mais de 50% do volume do nódulo e é composto por microcistos), raramente são malignos (risco menor que 2%). (2) Por outro lado, nota-se maior risco de malignidade emnódulos de natureza sólida, hipoecogenicidade acentuada, margens irregulares ou microlobuladas, microcal- cificações, diâmetro anteroposterior maior que o transverso, vascularização predomi- nante ou exclusivamente central ao Doppler, linfonodos cervicais com características suspeitas. A Figura 1 indica os achados ultrassonográficos conforme fatores su- gestivos de malignidade. Figura 1 US de tireoide: Fatores sugestivos de malignidade. Linfonodos cervicais alterados Microcalcificações, margens irregulares Sólido/hipoecoico Misto: sólido/cístico Espongiforme Puramente cístico Fracos Fortes Tipo de lesão

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