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PARECER CFM Nº 50/2016

INTERESSADO: Poder Judiciário do Estado do Paraná
ASSUNTO: HIFU no tratamento do câncer de próstata
RELATOR: Cons. Lúcio Flávio Gonzaga Silva


EMENTA:
A terapia focal   (HIFU e crioterapia)   para o tratamento    de    câncer    de    próstata    é    procedimento experimental, só podendo ser realizada em protocolos clínicos de acordo com as normas do sistema CEP/CONEP.

DA CONSULTA

Solicita providências no sentido de esclarecer os quesitos abaixo:

1. O ultrassom  focalizado  de  alta  intensidade  (High  Intensity  Focused  Ultrassound – HIFU)encontra-se autorizado para uso terapêutico no Brasil? Em que condições? Qual o órgão competente  para  a  autorização  do  uso  dessa  técnica  terapêutica,  e  quais  as  exigências necessárias para a concessão dessa autorização?

2. Considerando a resposta anterior, é possível informar quais instituições/estabelecimentos possuem autorização para a realização da técnica HIFU no Brasil, e qual a estimativa de custo desse tratamento?

3. Sob  o  aspecto  técnico-científico,  existem  estudos  de  pesquisa  clínica  conclusivos  que atestem  a  segurança  e  eficácia  do  HIFU  no  tratamento  do  câncer  de  próstata?  Que estudos   são   esses, em que   fases   de   pesquisa   se   encontram,   e   o   que   dizem especificamente? Tecer considerações a respeito.

4. De  acordo  com  as  diretrizes  legais  e  técnicas  aplicáveis  à  área  da  medicina,  quais  as etapas que devem ser observadas para que uma nova terapêutica, como o HIFU, possa ser utilizada em larga escala, como modalidade terapêutica consagrada?

5. O que se entende por tratamento experimental/off-label? O não cumprimento de todas as etapas  científicas  pode  configurar  o  uso  “experimental”  ou  “ off-label”  de  determinado tratamento?

6. O HIFU pode ser considerado um tratamento experimental/off-label? Justificar. Quais são os critérios   de   indicação   desse   tratamento? Ele pode ser utilizado em qualquer  modalidade de câncer de próstata? Tecer considerações a respeito.

7. Existem outras modalidades de tratamento para o câncer de próstata? Quais as técnicas de radioterapia atualmente existentes para esse tratamento? Essas técnicas são seguras e possuem eficácia comprovada?

DOS FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS

O advento dos programas  de  rastreamento  do câncer  de  próstata a  partir  da  utilização clínica  da  dosagem  do antígeno  prostático  específico  sérico  (prostate - specific  antigen–SA)tem gerado uma migração de diagnósticos de tumores avançados para os de tumores localizados  e  menos  agressivos.  Isso  tem  suscitado  um  dilema  para  os  pacientes  e  seus médicos assistentes: decidir entre tratamentos radicais ou vigilância?(1,2)

A questão tem fomentado o interesse pelas terapias focais, incluindo a crioterapia e o HIFU, consideradas  estratégias  a  meio  caminho  entre  a  vigilância  e  o  tratamento  radical,  o  que pode ser uma promessa futura para tratar o câncer de próstata localizado.(3)

Evidências de  ensaios  clínicos  controlados  e  randomizados,  embora  de  curto  curso, apontam  para  apenas  uma  pequena  ou  nenhuma  diferença  na  sobrevida  global  e câncer-específica  entre  as  duas  opções  terapêuticas  (as  focais  e  as  radicais),  somada  aos benefícios da minimização dos eventos adversos retais e geniturinários das últimas.(4)

O  (HIFU), ultrassom de  alta  intensidade  e  de  alta  carga  energética,  quando  focado  em determinada  área,  resulta  em  destruição  tecidual  por  meio  de  rupturas  celulares  e  necrose coagulativa  imediata  e  irreversível,  com  limites  bem  precisos.(5)

O  tratamento  pode  ser minuciosamente focado   para   uma   porção   da   glândula   prostática.   Diferentemente da radioterapia, não  há  um  limite  de  dose, e  o  método  pode  ser  repetido,  caso  necessário. Ademais,  terapias  adicionais  podem  ser  realizadas  (cirurgia  radical,  radioterapia),  sem dificuldades técnicas. As primeiras publicações sobre o método são encorajadoras. (6)

A  crioterapia,  usada  na  prática  clínica  desde  o  século  XIX,  é  o  termo  utilizado  para  o tratamento  de  enfermidades  por  via  do  efeito  destrutivo  do  congelamento  controlado  de tecidos biológicos. O primeiro relato de tratamento de doença prostática remonta a 1966. A técnica corrente utiliza o princípio Joule-Thomson, que descreve a alteração na temperatura que  acompanha  a  expansão  de  um  gás  sem  troca  de  calor  com  o  meio  ambiente.  Utiliza dois gases: argônio (congelamento) e hélio (descongelamento). Há inicialmente formação de um  cristal  de  gelo  no  compartimento  extracelular,  que  origina  gradientes  de  concentração, conduzindo  a  dano  enzimático  e  desnaturação  proteica  e, em  consequência, lesão  da membrana  célular.  Os  cristais  de  gelo  adentram  o  interior  das  células, causando  rupturas  das organelas e das mitocôndrias. Quando a célula descongela, há a ruptura da membrana  celular e morte. (7)

A  terapia  focal  para  o câncer  de  próstata  é  uma  técnica  adaptada  do  tratamento  de  outros tumores sólidos, incluindo o renal, tireoide ano, mamário, hepático e o pancreático. Ainda há pouca aceitação hoje, devido à multifocalidade do tumor prostático (80%), um fator  limitante, embora recentes evidências têm demonstrado que, nessa enfermidade, as lesões maiores e mais agressivas (lesão - índice) são as determinantes de sua evolução, ademais a doença é unilateral em 1/3 dos casos. O aprimoramento das técnicas de imagem, permitindo a localização dessas lesões-índices, pode, no futuro, possibilitar o direcionamento da técnica para   esses   alvos,   poupando   o   resto   da   glândula,   sem   comprometer   o   controle oncológico. (3,8,9)

Os autores com experiência no método de terapia focal para o câncer de próstata enfatizam  alguns  aspectos  a  serem  considerados,  quando  decidem  por  adotar  essa  estratégia terapêutica:

1. Ela  deve  ser  indicada  para  pacientes prováveis  de  serem  beneficiados  com  terapia,  e não,  obviamente,  para  aqueles  que  podem  ser  monitorizados  com  vigilância  ativa (acompanhamento  com  PSA  e  biópsias  eventuais).  Especificamente,  o  paciente  com doença  clinicamente  significativa  localizada  em  apenas  uma  área  da  próstata deve  ser  considerado candidato ótimo para terapia focal. (3)

2. A localização precisa da doença é essencial. A prática médica corrente tem recomendado  a  biópsia  transperineal  ( transperineal  template - guided  mapping  biopsy – TTMB)  como  padrão - ouro  para  o  propósito  de  terapia  focal  (falso  negativo  5%).  A  ressonância  magnética multiparamétrica  (multiparametric magnetic  resonance  imaging – mpMRI)  tem  resultados promissores.(3,10 - 12)

3. A monitorização do paciente deve ser feita com estratégia  similar à da vigilância ativa. (3) Evidências  de  43  estudos  usando  terapia  focal  – incluindo  HIFU  e  crioterapia – ( 1.109  pacientes  [ 56% ] de baixo risco; 704 pacientes [ 36%] de risco intermediário; 164 [8% ] de alto risco ; e 13 pacientes não classificados), com qualidade de evidência baixa (evidência ≤ 2b), E seguimento  médio  de  (0 – 10,6  anos),  apresentaram  os  seguintes  eventos  adversos: retenção  urinária  (0 - 17%),  infecção  do  trato  urinário  (0 - 17%),  incontinência  urinária  (0 - 5%),  disfunção erétil (0 - 46%), fístula retal (0 - 1%). (3)

Embora  não  haja dados  sobre  o  controle  oncológico,  a  sobrevida  câncer - específica  foi  alta após terapia focal. Sobre isso, uma observação deve ser feita: a baixa mortalidade entre os pacientes tratados era esperada devido ao pequeno seguimento e, sobretudo, pela inclusão   de  muitos  pacientes  com  doença  de  baixo  risco. (3) Ademais,  não  há  estudos  prospectivos  focados no controle oncológico dos pacientes tratados por essa técnica.

Na  verdade,  os  dados  que  se  tem  hoje  sobre  terapia  focal  com o  alternativa  para  o tratamento  do  câncer  prostático  resultam  de  publicações  de  um  número  pequeno  de  grandes  centros  especializados.  Antes  da  disseminação  da  técnica,  o  treinamento  e  o controle  de  qualidade  devem envolver  questões  enfocando  os  resultados  funcionais,  a margem  de  tecido  normal  requerida,  o  controle  oncológico  de  longo  curso,  a  qualidade  de vida  (continência  urinária,  função  sexual),  os  custos  e  as  terapias  sistêmicas  adicionais eventualmente  utilizadas.  Não  há  também  consenso  sobre  os  critérios  de  seguimento  para  os pacientes tratados. (3)

Embora já haja  três aparelhos de HIFU aprovados para o tratamento do câncer de  próstata  localizado  – Sonablate TM,  Ablatherm TM e  FocalOne TM – e  os  primeiros  resultados  sejam  promissores com aparentes resultado s oncológicos satisfatórios, ainda  há a necessidade de  um maior tempo de seguimento para validar sua prática.( 13 )

Em conclusão, há escassez de evidências na literatura científica especializada sobre o uso das  terapias  focais  para  o  tratamento  do  câncer  de  próstata,  o  que  inibe  o  seu  largo reconhecimento  hoje,  embora  um  número  de  casos  publicados  sugerirem  que  trata - se  de  uma terapêutica alternativa, especialmente para o paciente mais idoso(7) . Há necessidade de estudos  de  alta  qualidade, comparando  a  terapia  focal  ao  tratamento  padrão,  para  que  se possa considerar a mudança da prática.

O  tratamento  focal  para  o câncer  de  próstata está  ainda  em estágio  inicial e  não  pode  ser recomendado  como  alternativa  terapêutica  fora  do  contexto  da  pesquisa  clínica,  como  está  expresso no “ Guidelines 2015 ” da Associação Europeia de Urologia.

DA RESPOSTA AO CONSULENTE

O  tratamento  de  terapia  focal  (crioterapia  e  HIFU)  não  é  recomendado  para  o  câncer  de  próstata pelas sociedades especializadas. Não há atualmente estudos robustos, com níveis adequados de evidência, que permitam seu reconhecimento definitivo e a adoção do método na prática clínica.

1.  O  ultrassom focalizado de alta intensidade ( High Intensity Focused Ultrassound – HIFU ) encontra - se  autorizado  para  uso  terapêutico no  Brasil?  Em  que  condições?  Qual  o  órgão  competente  para  a  autorização  do  uso  dessa  técnica  terapêutica,  e  quais  as exigências necessárias para a concessão dessa autorização?

Resposta:  Não.  De  acordo  com  a  Lei  nº  12.842,  de  10  de  julho  de  2013, compreende - se  entre as competências do Conselho Federal de Medicina (CFM) editar normas para definir o  caráter  experimental  de  procedimentos  médicos,  autorizando  ou  vedando  sua  prática. Assim, da  inteligência deste dispositivo,  cabe ao CFM  a definição do caráter experimental ou  terapêutico de novos procedimentos médicos.

2. Considerando  a  resposta  anterior,  é  possível  informar  quais Instituições /estabelecimentos  possuem  autorização  para  a  realização  da  técnica  HIFU no Brasil, e qual a estimativa de custo desse tratamento?

Resposta: Ver resposta do quesito 1.

3. Sob  o  aspecto  técnico - científico,  existem  estudos  de  pesquisa  clínica  conclusivos  que atestem  a  segurança  e  eficácia  do  HIFU  no  tratamento  do  câncer  de  próstata?  Que estudos   são   esses,  em  que   fases   de   pesquisa   se  encontram,   e   o   que   dizem especificamente? Tecer considerações a respeito.

Resposta:   Há   sim,   um   número   significativo   de   estudos   já   publicados   na   literatura especializada  (conferir  no  corpo  do  parece r),  porém  com  qualidade  de  evidência  baixa  (evidência ≤ 2b) ,  e  seguimento  médio  não  adequado  para  o câncer  de  próstata  (0 – 10,6 anos). Há  necessidade  de  estudos  de  alta  qualidade, comparando  a  terapia  com  HIFU  ao tratamento  padrão,  principalmente  quanto  ao  controle  oncológico,  para  que  se  possa considerar a mudança da prática.

4. De  acordo  com  as  diretrizes  legais  e  técnicas  aplicáveis  à  área  da  medicina,  quais  as etapas que devem ser observadas para que uma nova terapêutica, como o HIFU, possa ser utilizada em larga escala, como modalidade terapêutica consagrada?

Resposta:  Há  necessidade  de  estudos  robustos  prospectivos,  randomizados,  controlados com alto grau de evidência, focados na segurança, eficácia, custo-efetividade e, no caso do tratamento de neoplasias malignas, no controle oncológico dos pacientes.

O  tratamento  focal  para  o  câncer  de  próstata  (HIFU e  crioterapia)  está  ainda  em estágio  inicial e  não  pode  ser  recomendado  como  alternativa  terapêutica  fora  do  contexto  da  pesquisa  clínica,  como  está  expresso  no  “ Guidelines 2015 ” da  Associação  Europeia  de  Urologia.

5. O  que  se  entende  por  tratamento  experimental/off-label ?  O  não  cumprimento  de  todas as etapas científicas pode configurar o uso “experimental” ou “ off – label ” de determinado  tratamento?

Resposta: O termo tratamento  off-label  refere - se  à prescrição de medicamento pelo médico  para  uma  indicação  clínica  diferente  da  aprovada  pela  agência  reguladora – no  caso  do  Brasil,  a  Agência  Nacional  de  Vigilância  Sanitária  ( Anvisa).  Não  se  aplica  a  técnicas operatórias, como no caso em questão.

6. O  HIFU  pode  ser  considerado um  tratamento  experimental/off-label?  Justificar.  Quais são  os  critérios  de  indicação  desse  tratamento? Ele pode  ser  utilizado  em  qualquer  modalidade de câncer de próstata? Tecer considerações a respeito.

Resposta:  O  procedimento  HIFU  não  pode  ser  considerado  um tratamento off-Label .  É  sim,  no atual estado de sua evolução, considerado um tratamento experimental, pois não possui  ainda  estudos  com  alto  grau  de  evidência  que  o  validem terapeuticamente,  ademais  ainda  não  ter  reconhecimento  consagrado  da  ciência  e  das  sociedades  especializadas.  A  sua  indicação  seria,  excepcionalmente,  de  forma  alternativa,  para  pacientes  muitos  idosos  portadores  de  câncer  de  próstata  localizado,  que  não  suportariam  o  tratamento  radical e  talvez para recidivas locais de trata mentos radioterápicos.

7. Existem outras modalidades de tratamento para o câncer de próstata? Quais as técnicas de  radioterapia  atualmente  existentes  para  esse  tratamento?  Essas  técnicas  são segura s e possuem eficácia comprovada?

Resposta:  Sim.  Para  o  câncer de  próstata  localizado,  as  modalidades  de  tratamento  correntes  são  a  prostatectomia  radical  e  a  radioterapia.  As  técnicas  de  radioterapia  consagradas  pela  ciência  e  pelas  sociedades  especializadas,  com  eficácia  comprovada  e  segurança aceitável, são: a braquiterapia, a radioterapia conformacional, e a radioterapia de  feixes modulados, todas com uso corrente no Brasil.


Este é o parecer, S.M.J.
Brasília -DF,  18 de novembro de 2016.

LÚCIO FLÁVIO GONZAGA SILVA
Conselheiro-relator

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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