DENGUE: DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO: ADULTO E CRIANÇA

Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 8 A maioria dos sinais de alarme é resultante do aumento da permeabilidade vascular, a qual marca o inicio do deterioramento clínico do paciente e sua possível evolução para o choque por extravasamento de plasma. O quadro a seguir apresenta os Sinais de Alarme. Sinais de alarme na dengue a) Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua. b) Vômitos persistentes. c) Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico). d) Hipotensão postural e/ou lipotimia. e) Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal. f) Sangramento de mucosa. g) Letargia e/ou irritabilidade. h) Aumento progressivo do hematócrito. 2.2.2 Dengue grave As formas graves da doença podem manifestar-se com extravasamento de plasma, levando ao choque ou acúmulo de líquidos com desconforto respira- tório, sangramento grave ou sinais de disfunção orgânica como o coração, os pulmões, os rins, o fígado e o sistema nervoso central (SNC). O quadro clínico é semelhante ao observado no comprometimento desses órgãos por outras causas. Derrame pleural e ascite podem ser clinicamente detectáveis, em função da intensidade do extravasamento e da quantidade excessiva de fluidos infundi- dos. O extravasamento plasmático também pode ser percebido pelo aumento do hematócrito, quanto maior sua elevação maior será a gravidade, pela redu- ção dos níveis de albumina e por exames de imagem. 2.2.2.1 Choque O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é perdido através do extravasamento, o que geralmente ocorre entre os dias quatro ou cinco (com intervalo entre três a sete dias) de doença, geralmente precedido por sinais de alarme. O período de extravasamento plasmático e choque leva de 24 a 48 ho- ras, devendo a equipe assistencial estar atenta à rápida mudança das alterações hemodinâmicas, conforme Tabela 1.

RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2