DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 374 infectados pelo treponema que não receberam tratamento adequado ou não foram tratados. Suas manifestações clínicas surgem após um período variável de latência (tardia). Compreendem as formas cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa e outras. As reações sorológi- cas são positivas. A Sífilis tardia cutânea caracteriza-se por lesões go- mosas e nodulares, de caráter destrutivo. Na Sífilis óssea, pode haver osteíte gomosa, periostite osteíte esclerosante, artralgias, artrites, sinovites e nódulos justa-articulares. O quadro mais frequente de comprometimento cardiovascular é a aortite sifilítica (determinando insuficiência aórtica), aneurisma e estenose de coronárias. A Sífilis do sistema nervoso é assintomática ou sintomática com as seguintes formas: meningo-vascular, meningite aguda, goma do cérebro ou da medula, crise epileptiforme, atrofia do nervo óptico, lesão do sétimo par, paralisia geral e tabes dorsalis . Observação: Pessoas com HIV/aids podem ter a história natural da sífilis modificada, desenvolvendo neurossífilis mais precoce e emmaior frequência. Para esses pacientes é sempre indicada a punção lombar. Sinonímia - Lues, doença gálica, lues venérea, mal gálico, sifilose, do- ença britânica, mal venéreo e Peste sexual. Agente etiológico - Treponema pallidum , espiroqueta de alta pato- genicidade. Reservatório - O homem. Modo de transmissão - Na Sífilis Adquirida, é sexual. O contágio extragenital é raro. A transmissão não-sexual da Sífilis é excepcional, havendo poucos casos por transfusões de sangue e por inoculação acidental. Período de incubação - De 10 a 90 dias (com média de 21 dias). Diagnóstico - Clínico, epidemiológico e laboratorial. A identificação do T. pallidum confirma o diagnóstico. Amicroscopia de campo escuro é a maneira mais rápida e eficaz para a observação do treponema, que se apresenta móvel, porém a pesquisa direta se aplica somente a mate- rial retirado das lesões. O diagnóstico sorológico baseia-se fundamen- talmente em reações não-treponêmicas ou cardiolipínicas e reações treponêmicas. A prova de escolha na rotina é a reação de VDRL, uma microaglutinação que utiliza a cardiolipina. O resultado é dado em diluições e esse é o método para seguimento da resposta terapêutica, pois nota-se redução progressiva dos títulos. Sua desvantagem é a baixa especificidade, havendo reações falso-positivas, devido a outras pato- logias. Para confirmação diagnóstica, utiliza-se um teste treponêmico D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS

RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2