DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 252 do sistema nervoso central são meningite, encefalite, radiculopatia, mielite transversa. t Herpes Simples emimunodeprimidos - OHerpes Simples em latência surge, frequentemente, pela imunodepressão, leucemias, mieloma, transplantes e doenças crônicas. É uma das complicações mais comuns na aids, podendo, com maior frequência, causar encefalite. Sinonímia - Herpevírus tipos 1 e 2. Agente etiológico - Os Herpes Simplex Virus (HSV), tipos 1 e 2, pertencem à família Herpesviridae, da qual fazem parte o Citomega- lovírus (CMV), o Varicela Zoster Vírus (VZV), o Epstein-Barr Vírus (EBV), o Herpesvírus humano 6 (HHV-6) e o Herpesvírus humano 8 (HHV 8). Embora os HSV 1 e 2 possam provocar lesões em qualquer parte do corpo, há predomínio do tipo 2 nas lesões genitais e do tipo 1 nas lesões periorais. São DNA vírus que variam quanto à composição química e podem ser diferenciados por técnicas imunológicas. Reservatório - O homem. Modo de transmissão - Por contato íntimo com indivíduo trans- missor do vírus, a partir de superfície mucosa ou lesão infectante. O HSV é rapidamente inativado em temperatura ambiente e após seca- gem, o que faz com que a disseminação por aerossóis ou fômites seja rara. O vírus ganha acesso através de escoriações na pele ou contato direto com a cérvix uterina, uretra, orofaringe ou conjuntiva. A trans- missão assintomática também pode ocorrer, sendo mais comum nos primeiros 3 meses após a doença primária, quando o agente etiológico é o HSV-2, e na ausência de anticorpos contra o HSV-1. Período de incubação - De 1 a 26 dias; em média, 8 dias após o contato. Em vários casos, o período pode ser bemmais longo, de difícil precisão. Período de transmissibilidade - Variável de 4 a 12 dias após o apa- recimento dos primeiros sintomas. Nas infecções assintomáticas, orais e genitais, pode haver disseminação transitória do vírus. Diagnóstico - Eminentemente clínico. O diagnóstico citológico de Tzanck (visualização de multinucleação e balonização celulares em lâmina fixada com álcool a 70%) pode ser utilizado. A coloração pelo Papanicolau permite a observação de inclusões virais na fase de vesí- culas, porém tem baixa sensibilidade. O isolamento do vírus em cul- tura de tecido é a técnica mais específica para diagnóstico da infecção herpética, mas não é um método disponível na prática diária; sua sen- sibilidade é maior nas lesões vesículosas e, progressivamente, menor D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS

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