DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 333 Peste CID 10: A20 55 A SPECTOS C LÍNICOS E E PIDEMIOLÓGICOS Descrição - A Peste se manifesta sob três formas clínicas principais: bubônica, septicêmica e pneumônica. A bubônica ou ganglionar va- ria desde formas ambulatoriais, que apresentam adenopatia com ou sem supuração, até formas graves e letais. As formas graves têm início abrupto, com febre alta, calafrios, cefaleia intensa, dores generalizadas, anorexia, náuseas, vômitos, confusão mental, congestão das conjunti- vas, pulso rápido e irregular, taquicardia, hipotensão arterial, prostra- ção e mal-estar geral. Após 2 ou 3 dias, aparecem as manifestações de inflamação aguda e dolorosa dos gânglios linfáticos da região que foi o ponto de entrada da bactéria (bubão pestoso), onde a pele fica brilhosa, distendida, vermelho-violácea, com ou sem hemorragias e necrose. São bastante dolorosas e fistulizam com drenagem de secreção purulenta. A forma septicêmica primária cursa com bacilos no sangue, ocasionando febre elevada, hipotensão arterial, grande prostração, dispneia, fácies de estupor e hemorragias cutâneas – às vezes serosas e mucosas e até nos órgãos internos. Coma e morte no fim de dois ou três dias, se não houver tratamento. Geralmente, a Peste septicêmica aparece na fase ter- minal da Peste bubônica não tratada. A forma pneumônica pode ser primária ou secundária à Peste bubônica ou septicêmica por dissemi- nação hematogênica. É a forma mais grave e perigosa da doença, por seu quadro clínico e alta contagiosidade, podendo provocar epidemias explosivas. Inicia-se com quadro infeccioso grave, de evolução rápida (febre muito alta, calafrios, arritmia, hipotensão, náuseas, vômitos, as- tenia, obnubilação). Depois, surgem dor no tórax, respiração curta e rápida, cianose, expectoração sanguinolenta ou rósea, fluida, muito rica em bactérias. Surgem fenômenos de toxemia, delírio, coma e morte, se não houver instituição do tratamento precocemente. Agente etiológico - Yersinia pestis, cocobacilo gram-negativo, com coloração mais acentuada nos pólos (bipolar). Reservatórios - Roedores silvestres e sinantrópicos ( Rattus rattus , Mus musculus ) e os logomorfos (coelhos e lebres). Vetores - Pulgas infectadas: Xenopsylla cheopis , Ctenocephalides ca- nis (parasito do cão), Polygenis bohlsi jordani e Polygenis tripus (de roedores silvestres), Leptopsylla segnis (parasito do Mus musculus ), dentre outros.

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