DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 278 t 1FSÓPEP EF FTUBEP - Caracteriza-se por febre irregular, associada ao emagrecimento progressivo, palidez cutâneo-mucosa e aumento da hepatoesplenomegalia. Apresenta quadro clínico arrastado, geralmente com mais de 2 meses de evolução e, muitas vezes, com comprometimento do estado geral. Os exames complementares estão alterados e, no exame sorológico, os títulos de anticorpos específicos antiLeishmania são elevados. t 1FSÓPEP ĕOBM - Caso não seja feito o diagnóstico e tratamento, a doença evolui progressivamente para o período final, com febre contínua e comprometimento intenso do estado geral. Instala-se a desnutrição, (cabelos quebradiços, cílios alongados e pele seca) e edema dos membros inferiores, que pode evoluir para anasarca. Outras manifestações importantes incluem hemorragias (epistaxe, gengivorragia e petéquias), icterícia e ascite. Nesses pacientes, o óbito geralmente é determinado por infecções bacterianas e/ou san- gramentos. Os exames complementares estão alterados e, no exame sorológico, os títulos de anticorpos específicos antiLeishmania são elevados. Sinonímia - Calazar, esplenomegalia tropical, febre dundun, doença do cachorro, dentre outras denominações menos conhecidas. Agente etiológico - Protozoário tripanosomatídeos do gênero Leishmania , espécie Leishmania chagasi , parasita intracelular obriga- tório sob forma aflagelada ou amastigota das células do sistema fagocí- tico mononuclear. Dentro do tubo digestivo do vetor, as formas amas- tigotas se diferenciam em promastigotas (flageladas). Nas Américas, a Leishmania ( Leishmania ) chagasi é a espécie comumente envolvida na transmissão da LV. Reservatórios - Na área urbana, o cão ( Canis familiaris ) é a principal fonte de infecção. A enzootia canina tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido mais prevalente que no homem. No ambiente silvestre, os reservatórios são as raposas ( Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous ) e os marsupiais ( Didelphis albiventris ). Questiona-se a possibilidade do homem também ser fonte de infecção. Modo de transmissão - No Brasil, a forma de transmissão é através da fêmea de insetos flebotomíneos das espécies de Lutzomyia longipal- pis e L. cruzi, infectados . A transmissão ocorre enquanto houver o para- sitismo na pele ou no sangue periférico do hospedeiro. Alguns autores admitem a hipótese da transmissão entre a população canina através da ingestão de carrapatos infectados e, mesmo, através de mordedu- ras, cópula e ingestão de vísceras contaminadas, porém não existem D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS

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