DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 355 R UBÉOLA E S ÍNDROME DA R UBÉOLA C ONGÊNITA Não existem indicações para solicitar e realizar exame de rotina no pré- natal para Rubéola em gestantes. Caso seja realmente necessário fazer o exame e a gestante, além de assintomática, não apresente história de contato prévio com alguma doença exantemática e nem registro da va- cina na carteira de vacinação, deverá ser realizada a pesquisa de IgG que, sendo negativa, orienta vacinação pós-natal; se positiva, indica imunidade. O material a ser colhido é sangue venoso sem anticoagulante, na quan- tidade de 5 a 10ml. Nos casos de criança muito pequena, nos quais não seja possível coletar o volume estabelecido, obter no mínimo 3ml. Após a separação do soro, conservar em refrigerador entre 4º a 8ºC, por no máximo 48h. O tubo deve ser acondicionado em embalagem térmica ou caixa de isopor com gelo ou gelox e enviado ao laboratório, no prazo máximo de 2 dias. Caso não seja possível enviar nesse perío- do, conservar a amostra no freezer a -20ºC até o momento do envio ao laboratório, o que deve ocorrer no prazo máximo de 5 dias. Para identificação viral, coletar secreção nasofaríngea (SNF). Nesse caso, colher uma amostra em cada narina e outra da orofaringe. Características epidemiológicas - Em 2002, ocorreram 1.480 ca- sos de Rubéola no Brasil, o que corresponde a um decréscimo de 95%, quando comparado à incidência de 1997. As taxas de incidência no sexo feminino, em 2002, ficaram em 1/100.000 mulheres tanto na faixa etária de 15 a 19, como de 20 a 29 anos. Em 2003, foram confirmados 563 casos de Rubéola entre os 16.036 casos suspeitos notificados; em 2004, foram confirmados 401 casos; em 2005, 233 casos, com um surto de Rubéola no Rio Grande do Sul, com 44 casos confirmados e com a identificação do genótipo 1D, que circulava na Europa. Em 2006, houve um incremento no número de casos confirmado, passando para 1.317 casos confirmados e surtos nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e São Paulo; o vírus identificado foi o D4. Em 2007, o número de casos confirmados aumentou para 8.753, um incremento de 81%, sendo que desses, 8.145 (93%) foram confirmados pelo critério laboratorial. Após a intensificação da vigilância epidemiológica e a vacinação de blo- queio ampliada, em 2008, o número de casos confirmados diminui em 77%, quando ocorreram 2.005 casos de Rubéola, e desses 1.854 (92,5%) encerrados pelo critério laboratorial. Durante 2008, o Brasil realizou- se uma ampla campanha de vacinação contra Rubéola quando foram imunizados 65,9 milhões de pessoas atingindo-se cobertura 94,06% da população meta. Este esforço tem o propósito de eliminar a circulação do vírus da Rubéola com vistas a se evitar os casos da SRC.

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