DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 147 D OENÇA DE C HAGAS uma única mitocôndria. No sangue dos vertebrados, apresenta-se sob a forma de tripomastigota e, nos tecidos, como amastigota. Vetores - Triatomíneos hematófagos que, dependendo da espécie, podem viver em meio silvestre, no peridomicílio ou no intradomicílio. São também conhecidos como “barbeiros” ou “chupões”. No Brasil, há uma diversidade de espécies que foram encontradas infectadas. A mais importante era o Triatoma infestans que recentemente foi eliminado do Brasil. Os T. brasiliensis , Panstrongylus megistus , T. pseudomaculata , T. sórdida também se constituem em vetores do T.cruzi . Reservatórios - Além do homem, diversos mamíferos domésticos e silvestres têm sido encontrados naturalmente infectados pelo T. cruzi. Epidemiologicamente, os mais importantes são aqueles que coabitam ou estão próximos do homem (gatos, cães, porcos, ratos). No entanto, também são relevantes os tatus, gambás, primatas não humanos, mor- cegos, entre outros animais silvestres. As aves, répteis e anfíbios são refratários à infecção pelo T. cruzi . Modo de transmissão A forma vetorial ocorre pela passagem do protozoário dos excretas dos triatomíneos através da pele lesada ou de mucosas do ser humano, du- rante ou logo após o repasto sanguíneo. A transmissão oral ocorre a partir da ingestão de alimentos con- taminados com T. cruzi . Esta forma, frequente na região Amazônica, tem sido implicada em surtos intrafamiliares em diversos estados bra- sileiros e tem apresentado letalidade elevada. A transmissão transfusional ocorre por meio de hemoderivados ou transplante de órgãos ou tecidos provenientes de doadores contami- nados com o T. cruzi. A transmissão por transplante de órgãos tem adquirido relevância nos últimos anos devido ao aumento desse tipo de procedimento, com quadros clínicos pois receptores estão imunocomprometidos. A transmissão vertical ocorre em função da passagem do T. cruzi de mulheres infectadas para seus bebês, durante a gestação ou o parto. A transmissão acidental ocorre a partir do contato de material conta- minado (sangue de doentes, excretas de triatomíneos) com a pele lesa- da ou com mucosas, geralmente durante manipulação em laboratório sem equipamento de biossegurança. Período de incubação - Varia de acordo com a forma de trans- missão. Vetorial: 4 a 15 dias; transfusional: 30 a 40 dias; vertical: pode
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