DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 140 Período de incubação - De 1 a 6 dias, podendo ser mais longo. Período de transmissibilidade - Em média, até 2 semanas após o início dos sintomas. A antibioticoterapia adequada erradica o baci- lo diftérico da orofaringe, de 24 a 48 horas após a sua introdução, na maioria dos casos. O portador crônico não tratado pode transmitir a infecção por 6 meses ou mais e é extremamente importante na dis - seminação da doença . Suscetibilidade e imunidade - A suscetibilidade é geral. A imu- nidade pode ser naturalmente adquirida pela passagem de anticorpos maternos via transplacentária, que protegem o bebê nos primeiros me- ses de vida, ou através de infecções inaparentes atípicas, que conferem imunidade em diferentes graus, dependendo da maior ou menor expo- sição dos indivíduos. A imunidade também pode ser adquirida ativa- mente, através da vacinação com toxóide diftérico. A proteção conferi- da pelo soro antidiftérico (SAD) é temporária e de curta duração (em média, 2 semanas). A doença normalmente não confere imunidade permanente, devendo o doente continuar seu esquema de vacinação após a alta hospitalar. Complicações - Miocardite, neurites periféricas, nefropatia tóxica, insuficiência renal aguda. Diagnóstico - Isolamento e identificação do bacilo, mesmo sem as provas de toxigenicidade, associados ao quadro clínico e epidemio- lógico. Diagnóstico diferencial - Angina de Paul Vincent, rinite e amig- dalite estreptocócica, rinite sifilítica, corpo estranho em naso e orofa- ringe, angina monocítica, crupe viral, laringite estridulosa, epiglotite aguda, inalação de corpo estranho. Para o diagnóstico diferencial da difteria cutânea, considerar impetigo, eczema, ectima, úlceras. Tratamento &TQFDÓmDP - Soro antidiftérico (SAD), medida terapêutica de grande valor, que deve ser feita em unidade hospitalar e cuja finalidade é ina- tivar a toxina circulante o mais rapidamente possível e possibilitar a circulação de anticorpos para neutralizar a toxina produzida pelo baci- lo. O soro antidiftérico não tem ação sobre a toxina já impregnada no tecido. Por isso, sua administração deve ser feita o mais precocemente possível, frente a uma suspeita clínica bem fundamentada. Como o soro antidiftérico tem origem heteróloga (soro heterólogo de cavalo), sua administração pode causar reações alérgicas. Desse modo, faz-se necessária a realização de provas de sensibilidade antes do seu D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS

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