PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

44 Ministério da Saúde da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH): isolamentos de coorte, fluxos unidirecionais, e outros. Não foi recomendado o uso de antibiótico profilático, mas o uso deve ser considerado a partir da suspeita de infecção bacteriana associada. Houve ampla discussão sobre o uso de ventiladores microprocessadores sem e com turbina em momento de mitigação, evidenciando os prós e os contras de diferentes ventiladores. Segundo representantes da Associação de Medicina Intensiva Brasileira nessa situação específica, será aceito o uso de tais aparelhos. CONCLUSÕES Nos dois dias da consulta, foi possível observar o comprometimento dos especialistas em proporcionar apoio ao Ministério da Saúde para a prevenção e controle da Covid-19 no País. Os resultados da consulta mostraram que medidas de saúde pública associadas a cuidados clínicos podem potencializar a resposta à epidemia do novo coronavírus. A escassez de evidências científicas sobre o manejo clínico de pacientes com Covid-19 foi reconhecida por todos os participantes, que recomendaram a realização de ensaios clínicos adaptativos e multicêntricos que possam produzir evidências claras e fortes de como manejar e tratar pacientes com a doença. Sobre o uso de corticoides, foi consenso contra indicá-lo no tratamento da Covid-19 pelas evidências científicas de malefícios desse tratamento em doenças virais. Todos os grupos recomendaram seguir as orientações do protocolo de SRAG e de síndrome gripal do Ministério da Saúde, que recebeu, mais uma vez, a validação de sua qualidade. A utilização de outros instrumentos, desenvolvidos por associações de profissionais que têm sido amplamente utilizados, foram reconhecidos e recomendados para o manejo clínicos de pacientes com Covid-19. Notou-se uma preocupação intensa com a proteção e a orientação aos recursos humanos em saúde frente à epidemia do novo coronavírus. Houve intensa discussão sobre isolamento domiciliar, tendo sido levantada a necessidade de resolver ou prevenir as questões trabalhistas que surgirão com essa recomendação. Todos os grupos reconheceram que no Brasil esse contingenciamento deverá ser particularizado e regionalizado, devido à expectativa de a pandemia ocorrer em diferentes momentos de pico no Brasil. Os consensos e as recomendações da consulta poderão subsidiar de forma assertiva as tomadas de decisões dos gestores do sistema público de saúde

RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2