PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

35 Protocolo de Manejo Clínico da Covid-19 na Atenção Especializada RESULTADOS DO CONSENSO As discussões foram além dos parâmetros clínicos, de tratamento e de cuidados específicos para cada grupo de pacientes. Os especialistas abordaram e discutiram temas como vigilância, rastreamento exaustivo de contatos, restrições de contato social, educação em saúde preventiva (etiqueta social em saúde e a higiene das mãos), adiamento de cirurgias eletivas, a esperada sobrecarga de trabalho nas unidades de saúde (toda a rede do SUS) e outras estratégias para evitar propagação da infecção. Outro aspecto considerado, foi o fato de que o Brasil, devido às suas dimensões continentais, poderá conviver com situações epidemiológicas distintas durante a pandemia, demandando abordagens diferenciadas (contenção e mitigação) em relação à definição de caso suspeito, coletas de exames e medidas de isolamento, que poderão ser adaptadas de acordo com orientações da vigilância em saúde local, sob orientação do MS. Abordagem para atendimento aos pacientes com Covid-19 em todos os ciclos de vida Diante do contexto epidemiológico atual, considerando também o aumento do risco de exposição em serviços de saúde, recomenda-se que a avaliação dos pacientes que procurem por atendimento nos diversos pontos de atenção, dê-se nas seguintes situações (observados sinais e sintomas): Unidades de Atenção Primária: sintomas respiratórios de vias aéreas superiores e febre (Tax. > 37,8ºC), sem critérios de gravidade. Recomendou-se que seria desejável a disponibilização de oxímetro portátil em serviços de atenção primária, para a avaliação adequada dos critérios de gravidade. Serviços de Atendimento de Urgência (UPA 24h, emergências hospitalares): pacientes com sinais de agravamento (síndrome respiratória aguda grave), referenciados pela atenção primária ou por demanda espontânea. Considerando-se a inexistência de evidência científica robusta que subsidie o tratamento de pacientes com a Covid-19, todos os três grupos concordaram que fosse utilizado o Protocolo de Tratamento de Influenza 2017 , do Ministério da Saúde (MS), como norteador do manejo clínico dos pacientes infectados por SARS-CoV-2 com pequenas alterações destacadas em cada eixo de discussão. Condições e fatores de risco a serem considerados para possíveis complicações: 1. Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal). 2. Adultos ≥ 60 anos.

RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2