PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

254 255 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica A MÉDICA PREMIADA Luana da Graça Machado, nascida no interior do Rio de Janeiro, formada em 2012 pela Universidade Severino Sombra - Vassouras-RJ mudou-se para o Rio de Janeiro em 2011, onde realizou internato no Hospital Federal dos Servidores do Estado por 1 ano e meio. Concluiu residência de clínica médica no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, sétima enfermaria, e hoje, aos 28 anos, realiza residência de cardiologia no Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, a se completar em março de 2017. DRA. LUANA DA GRAÇA MACHADO CRM 52 93480-1 ARTIGO PREMIADO EM PRIMEIRO LUGAR ALTERAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO EM PACIENTES COM EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR Hospital Universitário Gaffrée e Guinle RESIDENTE : Dra. Luana da Graça Machado PRECEPTOR : Dr. Julio Cesar Tolentino Júnior DESCRITORES : DEPRESSÃO – TRANSTORNO DEPRESSIVO – AVALIAÇÃO CLÍNICA INTRODUÇÃO Depressão é transtorno comum do humor, podendo associar-se a alterações na modulação cardíaca autonômica 1,2 . Alterações no sistema nervoso autônomo (SNA), predominantemente no SNS, têm sido descritas em deprimidos, sendo apontadas como um dos mecanismos que eventualmente justificaria o aumento da mortalidade naqueles com e sem cardiopatia. 3,4,5 , A dispersão do intervalo QT (DQT) tem sido utilizada como marcador de heterogeneidade da repolarização ventricular 6,7,8 e é modulada por atividade autonômica, podendo ser considerada um reflexo indireto do balanço autonômico 9,10 . OBJETIVO Analisar a dispersão do QT em mulheres sem doença cardiovascular, durante episódio depressivo maior (EDM). DELINEAMENTO E MÉTODOS Estudo transversal, em que foram incluídas 58 dentre 186 mulheres submetidas à avaliação clínica ambulatorial. A pesquisa obteve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa de Seres Humanos do Hospital Universitário de acordo com as normas do Conselho Nacional de Saúde, que inclui o consentimento livre e esclarecido. Todas negavam uso de medicações capazes de interferir na DQT, tabagismo e apresentavam exame clínico, eletrocardiograma, exames laboratoriais, ecocardiograma e teste funcional normal para coronariopatia. Após avaliação clínica, as pacientes foram submetidas à entrevista psiquiátrica no Departamento de Psiquiatria. Todas deveriam ter acima de 23 pontos no Mini Exame de Estado Mental (MEEM).11 O EDM foi diagnosticado de acordo com os critérios diagnósticos do DSM-IV12 e quantificado de acordo com aplicação da Escala de Avaliação para Depressão de Hamilton,13,14 com 17 itens (HAM-D). A amostra foi separada em 2 grupos: Com EDM (34 mulheres) e sem EDM (24 mulheres). Nos 02 grupos, comparou-se a DQT (diferença entre o maior e menor intervalo QT no eletrocardiograma de 12 derivações) e a DQT corrigida pela frequência cardíaca (DQTc) pela formula de Bazett, mensuradas manualmente por um cardiologista cego em relação ao resultado da avaliação psiquiátrica. A análise estatística foi realizada com o teste de Mann-Whitney. Valor de p< 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Análise de Covariância (ANCOVA) foi realizada para avaliar a relação entre os índices de dispersão do intervalo QT (DQT e DQTc) com o diagnóstico de EDM, controlando o efeito da idade. A relação entre os índices da dispersão do intervalo QT com HAM-D, ajustado pela a idade, foi analisado pelo coeficiente de correlação parcial de Pearson. A variabilidade intra-observador foi avaliada através do método de análise de Bland e Atman.

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