PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

122 123 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica A MÉDICA PREMIADA A autora possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora em 2005. Concluiu residência em Neurologia no Hospital dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, em janeiro de 2009 e fez mestrado na UnB, com término em 2014. Atualmente é médica neurologista da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, em Brasília. DRA. PÉROLA DE OLIVEIRA CRM 52 80460-6 ARTIGO PREMIADO EM SEGUNDO LUGAR CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS DA NEUROSSÍFILIS: ANÁLISE DE 15 CASOS Hospital Dos Servidores do Estado RESIDENTE : Dra. Pérola de Oliveira PRECEPTOR : Dra. Marcelo Cagy. DESCRITORES : NEUROSSÍFILIS – ANÁLISES CLÍNICAS – ESTUDO DE CASO INTRODUÇÃO Apesar da redução na incidência da neurossífilis com a introdução da penicilina, a doença continua sendo um problema de saúde nos países em desenvolvimento, principalmente após o advento da AIDS1,2. As formas de apresentação são classificadas em precoces: assintomática, meníngea e meningovascular e tardias: paralisia geral progressiva (PGP), tabes dorsalis e goma. Outras formas descritas são atrofia óptica e hipoacusia3,4,5. MÉTODOS Foramavaliados, retrospectivamente, 15 pacientes com diagnóstico confirmado de neurossífilis internados no Serviço de Neurologia do Hospital dos Servidores do Estado, RJ, no período compreendido entre janeiro de 2002 a dezembro de 2007. Os critérios para inclusão foram: a presença de uma das formas acima descritas de neurossífilis e teste positivo para anticorpos não treponêmicos (VDRL) no líquido cefalorraquidiano (LCR). RESULTADOS Da amostra total, 8 (53%) eram do sexo masculino;a média de idade foi 56,8 anos (desvio padrão [dp]16,48 anos). As síndromes clínicas mais prevalentes foram tabes dorsalis e PGP representando cada uma 20% dos casos. Demência foi o sintoma mais comum, sendo observado em 33% dos casos como manifestação única e em73%combinada comoutras síndromes. O VDRL sérico foi negativo em três casos e o teste treponêmico (TPHA) sérico foi negativo em dois destes três pacientes. A análise liquórica mostrou média de celularidade de 12,83 cél/mm3 (dp:17,81 cél/ mm3) ; média de concentração de proteína de 73,75 mg/dl (dp:56,34 mg/dl) e média de glicose de 62,5 mg/dl (dp:10,71 mg/dl).O TPHA foi positivo no LCR em todos os casos. Apenas dois pacientes apresentaram ELISA anti HIV no soro positivo. Todos receberam tratamento com penicilina cris talina durante 14 a 21 dias. CONCLUSÕES 1. Houve predomínio das formas tabética e parética da neurossífilis, diferente do que afirma a literatura, na qual a forma meningovascular é as mais prevalente. Além disso, reflete-se a falência do diagnóstico nas formas precoces da doença em nosso meio. 2. Não houve predominância estatística significativa dos sexos neste estudo, embora

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