PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

150 Prêmio de Residência Médica respectivamente; p=0,19) e de gordura ginecóide (45,1 ± 1,8% vs 45,9 ± 1,2%, respectivamente; p= 0,71). O valor médio da espessura da gordura epicárdica nos pacientes com DM 1 e SM foi significativamente maior do que o encontrado em pacientes sem SM (6,15 ± 0,34mm vs 4,96 ± 0,25mm, respectivamente; p= 0,006). Foi observada uma correlação positiva entre gordura epicárdica e o percentual de gordura corporal total (r= 0,43; IC95% 0,16 a 0,64; p= 0,003) e com o percentual de gordura andróide (central) (r= 0,44; IC95% 0,17 a 0,65; p= 0,002). Não foram observadas correlações entre a gordura epicárdica e o percentual de gordura ginecóide (periférica) (r= 0,27; IC95% -0,03 a 0,52; p= 0,007) ou controle glicêmico medido através da hemoglobina glicada média (r= -0,06; IC95% -0,34 a 0,24; p= 0,69) DISCUSSÃO A alta prevalência de SM também atinge os pacientes com DM tipo 1, conforme encontrado no presente estudo. A fisiopatologia da SM nestes pacientes está provavelmente relacionada ao aumento da gordura corporal, principalmente central, levando ao aumento da resistência insulínica. A associação deDMtipo 1 e SMesteve relacionada ao aumento da espessura da gordura epicárdica. A gordura epicárdica, neste grupo, se mostrou um possível marcador de risco cárdio- metabólico, devido à forte correlação com fatores de risco para DCV mais consagrados como a gordura andróide (central) e os critérios de SM da OMS. Estes resultados sugerem que os pacientes comDM tipo 1 e SM devam ser avaliados para a presença de doença cardiovascular mais precocemente. Concluindo, o presente estudo fornece evidências de que aumento na adiposidade central em pacientes com DM tipo 1 está associado à SM e confere ummaior risco cardiovascular, evidenciado por um aumento na gordura epicárdica ao ecocardiograma. REFERÊNCIA 1) Momesso, DP; Bussade, I; Epifanio, MA; Schettino, CDS; Russo, LAT; Kupfer, R. “Increased Epicardial Adipose Tissue in type 1 diabetes is associated with Central Obesity and Metabolic Syndrome.” Diab Res Clin Pract 2011, 91(1): 47- 53.

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