PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA
280 281 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica A MÉDICA PREMIADA Helena Fernandes Ferraz, mãe da Amora, residente do terceiro ano de Medicina de Família e Comunidade pela UERJ, atualmente médica da Equipe Salgueiro. Me formei pela UFRJ e passei a amar a medicina depois do meu internato eletivo em Manguinhos, com minha atual preceptora Marecele Paiva, que me fez ver pela primeira vez como é fundamental a medicina centrada na pessoa. Espero que um dia nossa formação médica traga como base o paradigma biopsicossocial. DRA. HELENA FERNANDES FERRAZ CRM 52 95793-3 ARTIGO PREMIADO EM SEGUNDO LUGAR RELATO DE CASO: IMPORTÂNCIA DO VÍNCULO NO MANEJO DO PACIENTE COM TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) RESIDENTE: Dra. Helena Fernandes Ferraz PRECEPTORA: Dra. Marcele Bocater Paulo de Paiva DESCRITORES: TRANSTORNO DE ANSIEDADE – SAÚDE MENTAL – MANEJO CLÍNICO INTRODUÇÃO Não há saúde sem saúde mental. É com essa frase e sabendo que o cuidado da saúde mental em atenção primária é estratégico com o objetivo não só de controle dos sintomas mas de estimular a vida e a saúde do paciente, que iniciamos nosso trabalho. Os transtornos de ansiedade são hoje os mais comuns dentre os transtornos psiquiátricos (aproximadamente 29% sendo seguido dos transtornos de humor). As crises de ansiedade são consideradas transtornos quando prejudicam o funcionamento da pessoa. O transtorno de pânico são ataques de grave ansiedade que não estão relacionados a circunstâncias específicas e são imprevisíveis. A terapêutica não medicamentosa para os transtornos de ansiedade se torna de extrema importância e tem como foco principal o estabelecimento de vínculo com o paciente, abordar questões precipitadoras do quadro, eliminar estimulantes, atividade física e terapia psico-comportamental. Já a terapêutica medicamentosa também se mostra eficaz associada à não-medicamentosa e tem como primeira escolha os inibidores seletivos da recapitação de serotonina, sendo os benzodiazepínicos para associação inicial e uso de curta duração. Esse trabalho então conta sobre H.F.N.71 anos, alemão, veterano de guerra, há 16 anos com diagnóstico de síndrome do pânico e em uso de altas doses de benzodiazepínicos e opióides sem acompanhamento médico adequado e há anos afastado dos sistemas de saúde. Tem como objetivo mostrar a importância de ver o paciente em sua integralidade, e como é essencial o fortalecimento do vínculo entre equipe de saúde e paciente para boa resposta a psicoterapia. RELATO DO CASO Em novembro de 2013, H.F.N procurou o serviço de saúde CMS-Heitor Beltrão para renovação de receita a partir da sua esposa, I.R. dizendo que o mesmo se negava a ver médicos e estava há semanas sem sair de casa. Ao invés de uma simples troca de receita, foi feito uma visita domiciliar para melhor entender o caso. Fazia uso de 24mg de Bromazepam e 60mg de midazolam para dormir. Após visitas domiciliares freqüentes o paciente passou a aceitar nossas consulta. Com apoio da esposa mantivemos o Bromazepam e o midazolam foi suspenso.
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