PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

262 Prêmio de Residência Médica RESULTADOS As características clínicas dos três grupos não tiveram diferença significativa (idade, sexo, IMC, tamanho, localizaçao e estágio do tumor). Na CR e CL, o tempo até inicio da dieta e o tempo de internação foi menor quando comparados a CA. O tratamento neoadjuvante foi mais freqüente na CA e CL do que CR, porém sem significância estatística (p=0,162). Houve oito conversões no grupo da cirurgia minimamente invasiva, 6 casos na CL e 2 casos na CR. Não houve mortalidade pós-operatória nos três grupos. Não houve diferença estatisticamente significante no tamanho do tumor, distância da margem proximal e distal, números de linfonodos ressecados e envolvimento da margem radial. Porém, quando analisados separadamente, a taxa de margem radial positiva foi significativamente menor na CR do que na CA e na CL (p = 0,034). Mais detalhadamente, a CR teve média de limite proximal de 12cm, limite distal de 5 cm e limite radial de 1,3cm, sendo apenas 1 (2,7%) positivo. Já a CL apresentou média de limite proximal de 17cm, limite distal de 4cm e limite radial de 0,6cm, sendo 4 (11%) positivos. Enquanto a CA apresentou média de limite proximal de 17,7cm, limite distal de 3,8cm e limite radial de 0,5cm, sendo 21 (13%) positivos. O grau de ressecção do mesorreto por CR, um dos fatores prognósticos mais importantes, também foi mais adequado. Em todos os 36 espécimes cirúrgicos o mesorreto foi classificado como Grau 3. CONCLUSÃO Naturalmente, nossa experiência com cirurgia aberta e laparoscópica é maior do que com a cirurgia robótica, considerando o número de pacientes operados pelas três técnicas e o tempo em que elas vêm sendo empregadas. Ainda assim, a qualidade do espécime ressecado foi melhor por cirurgia robótica. Houve menor incidência de margens positivas e maior distância média da margem radial, fatores claramente implicados no prognóstico e resultado oncológico do tratamento cirúrgico. Porém, estudos prospectivos randomizados incluindo resultados oncológicos de longo prazo, custo e um número maior de pacientes são necessários para estabelecer os benefícios da cirurgia robótica no tratamento do câncer de reto.

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