PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

312 Prêmio de Residência Médica às antraciclinas, realizado no INCA entre janeiro de 2003 e maio de 2004 por Gaui et.al ., as taxas de ressecabilidade após o tratamento com radioterapia neoadjuvante de resgate àqueles pacientes tratados comantraciclinas foi de 82%. O tamanho mediano do tumor antes do tratamento era de 80 cm, também semelhante ao encontrado em nosso trabalho. [9] Este estudo tem limitações, especialmente devido à metodologia retrospectiva, à falta de um controle rigoroso no grupo de intervenção, os dados incompletos em alguns registros de pacientes, a ausência de regimes quimioterápicos padronizados, a ausência de um intervalo estrito entre a radioterapia e cirurgia. Contudo, diversos pontos importantes devem ser salientados: é a maior coorte retrospectiva avaliando este subgrupo específico de pacientes com CMLA refratário à quimioterapia neoadjuvante padrão e inelegível para a ressecção cirúrgica, os quais foram tratados com radioterapia neoadjuvante de resgate; demonstração de que a radioterapia pode ser uma alternativa para pacientes com tumores não ressecáveis após quimioterapia neoadjuvante; é o primeiro estudo a evidenciar vantagem de sobrevida global para pacientes com tumores ressecados após RTX quando comparados com aqueles que foram não ressecados. Em relação às complicações cirúrgicas, as mesmas ocorreram frequentemente, contudo sem maior gravidade. Acreditamos que além do ganho em SG, muitos pacientes podem ter uma melhor qualidade de vida com a mastectomia após a RTX, uma vez que a medida que o CMLA cresce, demandas importantes e muitas vezes limitantes podem surgir como, por exemplo, dor, sangramento e infecções. Outro dado interessante é que houve um bom controle locorregional com apenas 3 pacientes (5,3%) apresentando recorrência na pele do sítio operatório. CONCLUSÃO A radioterapia neoadjuvante de resgate é um tratamento eficaz para reduzir o tamanho de tumores localmente avançados com pouca resposta à quimioterapia neoadjuvante padrão. REFERÊNCIAS 1-Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimatives 2016: Brazilian Cancer Incidence / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação de Prevenção e Vigilância. Rio de Janeiro: INCA, 2016. http://www.inca.gov . br/wcm/dncc/2015/por-tipos.asp acessed on 4th April 2016. 2-Siegel R, Naishadham D, Jemal A. Cancer statistics, 2013. CA Cancer J Clin 2013; 63(1):11–30. 3-Igene H. Global health inequalities and breast cancer: an impending public health problem for developing countries. Breast J 2008; 14(5):428–34. 4-Woodward WA, Strom EA, Tucker SL, et al: Changes in the 2003 American Joint Committee on Cancer Staging for Breast Cancer Dramatically Affect Stage-Specific Survival .J Clin Oncol 21: 3244-3248, 2003. 5-Zambetti M, Oriana S, Quattrone P, et al: Combined sequencial approach in locally advanced breast cancer. Ann of Oncol 10: 305-310, 1999. 6-Giordano SH. Update on locally advanced breast cancer. Oncologist 8:521, 2003. 7-Shenkier T, Weir L, Levine M, et al: Clinical practice guidelines for the care and treatment of breast cancer: 15. Treatment for women with stage III or locally advanced breast cancer. CMAJ 170:983, 2004. 8-Tryfonidis K, Senkus E, CardosoMJ, Cardoso F. Management of locally advanced breast cancer-perspectives and future directions. Nat Rev Clin Oncol 2015; 12(3):147-62. 9- Gaui MF, Amorim G, Arcuri RA, et al: Phase II Study of Second-line Neoadjuvant Chemotherapy with Capecitabine and Radiation Therapy for Anthracycline- Resistant Locally Advanced Breast Cancer. Am J Clin Oncol. Feb;30(1):78-81, 2007. 10-Edge SB, David RB, ‎ ComptonCC, Fritz AG, Greene FL, Trotti A. AJCC (American Joint Committee on Cancer ) Cancer Staging Handbook: TNM Classification of Malignant Tumors. 7th Edition p. 345-376, 2010.

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