PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

308 309 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica O MÉDICO PREMIADO Fiz minha graduação na Universidade Federal de Santa Maria sendo médico desde dezembro de 2009. Em 2010, iniciei no Hospital de Clínicas de Porto Alegre minha primeira especialização, Clínica Médica, com finalização em fevereiro de 2012. No ano de 2012, cumpri com meu serviço militar obrigatório na cidade de Santiago onde pude trabalhar em minha primeira especialidade e como médico de uma unidade de terapia intensiva adquirindo experiência na área. Em março de 2013, iniciei a especialização de Oncologia Clínica a qual terminei em fevereiro de 2016. Durante minha última especialização além das atividades com os pacientes e curriculares comecei a trabalhar junto da equipe de pesquisa clínica do Instituto Nacional do Câncer tendo a oportunidade de participar de diversos projetos, condução de clinical trials, cursos, simpósios e congressos nacionais e internacionais nas áreas de oncologia e pesquisa clínica. Ademais tive a oportunidade de ser o representante dos médicos residentes do INCA pelo período de 2 anos. DR. RAFAEL CORRÊA COELHO CRM 52 96872-2 ARTIGO PREMIADO EM SEGUNDO LUGAR RADIOTERAPIA NEOADJUVANTE EM NEOPLASIAS DE MAMA LOCALMENTE AVANÇADAS REFRATÁRIAS À QUIMIOTERAPIA PADRÃO – EXPERIÊNCIA DO INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER Instituto Nacional do Câncer RESIDENTE : Dr. Rafael Corrêa Coelho PRECEPTOR : Dra. Lilian D’Antonio Faroni RESUMO : O câncer de mama localmente avançado (CMLA) é um problema de ordem pública nos países em desenvolvimento como o Brasil, originário em grande parte pelas dificuldades de acesso à rede de assistência à saúde. O tratamento padrão para CMLA consiste em quimioterapia neoadjuvante ± terapia anti-HER2 seguido por cirurgia, radioterapia, quimioterapia e/ou hormonioterapia adjuvante. No entanto, existem poucos dados na literatura avaliando tratamentos alternativos à quimioterapia neoadjuvante caso esta não seja capaz de reduzir o tamanho tumoral para possibilitar a ressecção cirúrgica tumoral. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo que incluiu todos os pacientes portadores de CMLA tratados com quimioterapia neoadjuvante padrão e que não foram elegíveis para ressecção cirúrgica, sendo submetidos à radioterapia neoadjuvante de resgate (RTX) entre janeiro de 2000 e Dezembro de 2012 no Instituto Nacional do Câncer. Resultados: Cinquenta e sete pacientes foram incluídos, com uma idade mediana de 51 anos. Os estadios clínicos mais frequentes foram IIIA e IIIB, correspondendo a 19,3% e 70,2%, respectivamente; o tamanho tumoral ao diagnóstico foi, em média, 8,74 cm (3-18cm) e 44 pacientes (77,2%) apresentavam envolvimento ganglionar. Regimes de quimioterapia contendo antraciclinas foram prescritos para 98,2% dos pacientes. Quinze pacientes (26,3%) receberam taxanos e antraciclinas. A dose total de radiação foi de 50Gy dividida em 25 frações. Quarenta e três pacientes (75,4%) apresentaram resposta, sendo posteriormente submetidas à mastectomia. A sobrevida global (SG) foi de 38 meses (23-52m). Os pacientes que foram submetidos à cirurgia apresentaram SG de 49 meses (28-70m) enquanto aqueles não elegíveis para o tratamento cirúrgico apresentaram SG de 18 meses (9-27m). Conclusão: A radioterapia neoadjuvante de resgate é um tratamento eficaz para reduzir o tamanho de tumores localmente avançados com pouca resposta à quimioterapia neoadjuvante padrão. DESCRITORES: CÂNCER DE MAMA – TRATAMENTO – RADIOTERAPIA - QUIMIOTERAPIA

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