PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

302 303 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica A MÉDICA PREMIADA Nascida no Rio de Janeiro, formada desde 1997 pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, aonde estudei da alfabetização até o término da faculdade que cursei entre 2009 e 2014. Residente de cirurgia geral do Hospital Federal de Ipanema iniciada em 2015 e com término previsto para 2017. Tive oportunidade de estar em um serviço com enfoque hepato-biliar que me despertou grande interesse e admiração pelas cirurgias da área. Foram elas que me motivaram a inscrição para o 12º Prêmio de Residência Médica do CREMERJ com a alegria de ganhar o segundo lugar. DRA. RAFAELA BRITO CAPELLI CRM 52 102248-2 ARTIGO PREMIADO EM SEGUNDO LUGAR LIGADURA DA VEIA PORTA ASSOCIADA À TRANSECÇÃO HEPÁTICA COM HEPATECTOMIA EM DOIS TEMPOS (ALPPS): UMA NOVA ABORDAGEM PARA METÁSTASE COLORRETAL BILOBAR Hospital Federal de Ipanema RESIDENTE : Dra. Rafaela Brito Capelli PRECEPTOR : Dr. Marcelo Enne de Oliveira DESCITORES : DOENÇA COLORRETAL – METÁSTASE HEPÁTICA - HEPATECTOMIA INTRODUÇÃO A metástase hepática de doença colorretal (MHCR) comumente se apresenta como doença bilobar. Sendo a ressecção a principal opção terapêutica potencialmente curativa, o volume hepático remanescente se torna um fator limitante, devido ao risco de complicação com insuficiência hepática. Para esses casos, a abordagem em dois tempos faz-se necessária. A embolização da veia porta (EVP) tem sido utilizada para induzir a hipertrofia hepática do fígado residual (FR). Porém, a EVP gera uma média de aumento do remanescente hepático em 25-40% ao fim de três a oito semanas e ainda pode gerar crescimento do tumor durante o período anterior à ressecção. A abordagem com associação de hepatotomia e ligadura da veia portal para hepatectomia regrada (ALPPS) tem surgido como uma estratégia de resgate, promovendo um crescimento acelerado do FR em um curto período de tempo (7 dias) permitindo o segundo estágio da hepatectomia. O fígadoexcluídoatuacomoumauxiliar,quecontribui para função hepática até que o lobo a hipertrofiar consiga suportar a função fisiológica total. A técnica foi realizada pela primeira vez por Schlitt et al. em Regensburg em 2007 e apresentada em um congresso alemão pela primeira vez em 2010. Esta técnica tem sido utilizada mundialmente com excelentes resultados e se tornou uma nova esperança para um grande número de pacientes antes considerados irressecáveis. Fig. 1: Ilustração do primeiro tempo da técnica ALPPS – ressecção das lesões em lobo esquerdo com hepatotomia e ligadura da veia portal direita De feveiro/2012 até a presente data, nossa equipe realizou sete ALPPS para tratar pacientes com, até então, MHCR não ressecáveis por remanescente hepático insuficiente. Dois pacientes foram considerados para ALPPS após EVP sem sucesso. Os dados dos pacientes são apresentados a seguir.

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