PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

18 19 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica A MÉDICA PREMIADA Ana Cristina Dantas Chaladovsky é natural do Rio de Janeiro, estudou os ensinos fundamental e médio no Colégio Santo Inácio e é graduada em medicina pela Universidade Federal Fluminense, formando-se em 2000. Fez residência em clínica médica no Hospital do Andaraí (2001/2002) e dermatologia no Hospital Central do IASERJ (2003/2004), obtendo o Título de especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e AMB em 2005. Cursou também pós-graduação em dermatologia oncológica pelo INCA (2005) e MBA em gestão hospitalar pela UFRJ em (2012/2013). Atualmente é chefe de equipe técnica do serviço de dermatologia do IASERJ, casada e mãe de 3 filhas. DRA. ANA CRISTINA DANTAS CHALADOVSKY CRM 52 70523-3 ARTIGO PREMIADO EM PRIMEIRO LUGAR HPV E CARCINOGÊNESE – RELATO DE DOIS CASOS DE CÂNCER GENITAL RELACIONADOS AO HPV Hospital Central do IASERJ RESIDENTE: Dra. Ana Cristina Dantas Chaladovsky. PRECEPTOR : Dr. Sérgio Soares Quinete DESCRITORES: CÂNCER GENITAL - HPV - CARCINOMA ESPINOCELULAR INTRODUÇÃO O carcinoma espinocelular é tumor maligno constituído por proliferação atípica de células espinhosas, de caráter invasivo, podendo dar metástases. Depressões imunológicas podem se associar a fatores virais que também participam da gênese do carcinoma espinocelular, como é o caso dos vírus do papiloma humano (HPV), especialmente importantes nos carcinomas genitais. Apresentamos a seguir dois casos de carcinoma espinocelular na região genital externa onde a infecção pelo HPV constituiu principal fator etiológico. CASO 1 Paciente masculino, 59 anos, homossexual, natural do Rio de Janeiro notou há 2 anos, surgimento de lesão verrucosa no pênis com crescimento progressivo. Exame clínico normal, má condição de higiene pessoal e ao exame dermatológico exibia volumosa massa tumoral de aspecto vegetante com aproximadamente 10cm de diâmetro, englobando todo o corpo do pênis e poupando parcialmente a glande, com áreas de erosão e secreção purulenta. O anti–HIV foi negativo e na TC de pelve não foram observadas linfonodomegalias pélvicas. O exame histopatológico de biópsia da lesão revelou epitélio constituído por células atípicas formando cordões e maciços invadindo o córion e corpos cavernosos, coilocitose e pérolas córneas e a imunohistoquímica foi positiva para HPV, concluindo-se o diagnóstico de carcinoma espinocelular invasivo do pênis, sendo encaminhado para tratamento cirúrgico. CASO 2 Paciente feminina, 50 anos, branca, viúva, natural do Rio de Janeiro, com queixa de prurido anal. Relata início há 6 anos com condilomatose perianal e vulvar, tratada com eletrocoagulação, havendo recidiva de algumas lesões. O ex-marido apresentava condilomas penianos de repetição. Realizava prática de coito anal e negava uso de preservativos ou promiscuidade sexual. A anuscopia evidenciava pólipo intra-anal único com restante da mucosa anal sem alterações. Ao exame dermatológico apresentava extensa placa eritematosa, friável, com maceração, de limites mal definidos, acometendo região perianal, sulco interglúteo, períneo e vulva. O anti-HIV e VDRL foram negativos e a glicemia, normal. A captura híbrida para HPV da secreção da região perianal foi positiva para HPV de alto e baixo risco e o exame histopatológico de biópsia da região perianal e do pólipo intra-

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