PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

268 Prêmio de Residência Médica síndrome de lise tumoral e diabetes. A cesariana foi realizada eletivamente com 30 semanas após o fim da fase de indução da remissão da quimioterapia, com nascimento de RN masculino, pesando 1970g, com apgar 8 e 9. No puerpério foram realizados ciclos de quimioterapia com L-asparaginase e metrotexate. No momento, 12 semanas após o parto, a paciente mantém tratamento quimioterápico e ocorreu remissão da doença. As leucemias agudas são extremamente agressivas, devendo ser tratadas o mais brevemente possível com a quimioterapia, independentemente da idade gestacional. Ainda atualmente, sem tratamento, a sobrevida nesses casos gira em torno de alguns meses. Atrasos no inicio do tratamento podem impactar negativamente o prognóstico materno. Entretanto utilização de quimioterápicos durante a gestação esta associada a desfechos fetais desfavoráveis. O tratamento da LLA em gestantes baseia-se na idade gestacional. Pacientes diagnosticadas no primeiro trimestre devem receber aconselhamento para encerrar a gestação e iniciar o regime de quimioterapia. Casos de LLA descobertos no terceiro trimestre devem ser abordados como em pacientes não gestantes. Quando o diagnóstico é realizado no segundo trimestre pode-se considerar: Idades gestacionais inferiores a 20 semanas devem ser abordadas como primeiro trimestre. Após 20 semanas de gestação utilizam-se protocolos de quimioterapia modificados, que servem como “pontes” até que o terceiro trimestre seja atingido e então se realize o tratamento adequado. Além do tratamento quimioterápico é fundamental a completa integração entre as equipes de obstétrica, neonatologia, hematologia e psicologia para suporte e acompanhamento da paciente. Pelo fato de ser rara na gestação, ainda faltam estudos sobre protocolos de tratamento da LLA em grávidas, devendo-se individualizar a abordagem de cada paciente.

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