PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

304 Prêmio de Residência Médica RELATO DE CASOS Todos os sete pacientes apresentavam MHCR bilobar irresecáveis pelos métodos padronizados. A média de idade foi de 51 anos, dois com comorbidades (hipertensão arterial sistêmica e/ ou diabetes mellitus). Seis pacientes realizaram QT pré-operatória e o tempo médio entre as duas intervenções foi de 8 dias. A média de hipertrofia do remanescente hepático foi de 68% (30 a 100%). Quatro pacientes desenvolveram complicações, 1 de grau II e 3 de grau IIIB pela classificação de Clavien-Dindo. Quatro pacientes apresentaram recidiva hepática, todos entre 6 e 12 meses após a segunda intervenção, e 3 pacientes apresentaram recidiva extrahepática (pulmonar, cerebral e peritoneal). Um paciente encontra-se livre de doença até a presente data. Tabela 1: Bilirrubina total e INR dos pacientes dosados no 5º dia de pós-operatório indicando que nenhum desenvolveu insuficiência hepática Fig. 2: Aumento do volume hepático antes do primeiro tempo cirúrgico com seu crescimento evidenciado antes de completar o segundo tempo DISCUSSÃO Segundo dados da literatura 98% dos pacientes conseguem realizar o segundo tempo cirúrgico. Dos nossos pacientes, todos completeram os dois tempos e 42,8% apresentaram complicação considerada grave (maior ou igual a IIIB), comparada a 26% dos pacientes do maior estudo da literatura realizado sobre o tema (“Early survival and safety of ALPPS: First Report of the International ALPPS Registry; ALPPS Registry Group”). A sobrevida esperada na literatura no primeiro e segundo ano após cirurgia é de 73% e 59% respectivamente, todos os nossos pacientes encontram-se vivos, sendo a primeira cirurgia tendo sido realizada em fevereiro de 2012 e a última em setembro de 2015, sendo que nenhum deles desenvolveu insuficiência hepática, complicação mais esperada da técnica que define a complicação como bilirrubina total maior que 5 e INRmaior que 1,8 no quinto dia de pós-operatório. Paciente Bil. Total INR 1 1 1 2 0,9 1 3 1 1 4 1,7 1,1 5 1,1 1 6 1,2 1 7 1,8 1,2 CONCLUSÃO A técnica ainda nova e comestudos emandamento tornou-se uma nova opção terapêutica para pacientes antes considerados inoperáveis. Ela vem demonstrandobons resultados comoexemplificam nossos casos desde que realizada por

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