CARTA DE RECOMENDAÇÕES - TRATAMENTO DO CÂNCER INFANTOJUVENIL

Carta de RECOMENDAÇÕES 4 | UNIDOS PELA CURA | 2º Fórum de Oncologia Pediátrica do Rio de Janeiro APRESENTAÇÃO O câncer infantojuvenil é uma doença tempo-dependente! Diferentemente do câncer adulto, esse câncer apresenta rápida evolução e, ao mesmo tempo, tem bom prognóstico, podendo chegar à taxa de cura de 80% se forem associados diagnóstico precoce, tratamento rápido e de qualidade. Experiências internacionais e nacionais mostram que o tratamento de qualidade requer infraestrutura tecnológica adequada para a realização de exames e suporte terapêutico; equipes multidisciplinares capazes de cuidar das diferentes demandas da criança com câncer e de sua família, que passa por profunda transformação com a descoberta da doença e o início do tratamento. Assim, a dedicação exclusiva de profissionais, médicos e enfermeiros, por exemplo, é extremamente importante para que a assistência tenha maior qualidade. Por esses motivos, também se recomenda a concentração do tratamento em poucos serviços especializados, de forma a aumentar a expertise do cuidado, contribuindo assim para mais chances de cura. Considerando o cenário acima, um grupo formado por gestores do Sistema Único de Saúde (SUS),de serviços especializados e da sociedade civil trabalha desde 2005 na implementação e consolidação do Unidos pela Cura (UPC) como política de promoção do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil no estado do Rio de Janeiro. No ano de 2010, ministro e secretários de Saúde e representantes das instituições que compõem o UPC assinaram um Termo de Compromisso no qual assumem responsabilidades correspondentes às suas esferas administrativas relativas ao compromisso compartilhado de incluir o câncer infantojuvenil em suas agendas de prioridades. Com a missão de “garantir que crianças e adolescentes com suspeita de câncer cheguem precocemente aos centros de diagnóstico e de tratamento que integram o SUS no Rio de Janeiro”, o Comitê Estratégico do Unidos pela Cura assumiu o compromisso de realizar, a cada dois anos, o FÓRUM DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA DO RIO DE JANEIRO como forma de vocalizar as principais demandas para a definição de políticas públicas que assegurem atendimento integral, eficiente e de qualidade para crianças e adolescentes com câncer no Rio de Janeiro. Assim, o 2º Fórum de Oncologia Pediátrica do Rio de Janeiro, ocorrido nos dias 22 e 23 de agosto de 2013, teve como principal resultado uma CARTA DE RECOMENDAÇÕES endereçada aos gestores de saúde como contribuição para qualificar a rede pública de tratamento do câncer infantojuvenil no estado do Rio de Janeiro. A carta foi construída com a participação de 255 pessoas, entre gestores, profissionais de saúde, pesquisadores, profissionais de referência no tema, representantes de casas de apoio, estudantes de graduação, entre outros, a partir de discussões em grupos de trabalho e do debate decorrente das apresentações no evento científico.

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