DENGUE DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO ADULTO E CRIANÇA

Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 54 a) número da amostra variando de nove pacientes (Lahiri M, 2008) a 6.151 casos (Cunha R, 1999); b) diferentes desenhos de estudos – série de casos, estudos retrospectivos, caso controle; c)Diferentes grupos de comparação – DC x FHD; casos fatais FHD x FHD; casos x população geral; d) variações nos resultados, com diferenças de comorbidades associadas a risco de evolução para a forma grave; e) diferenças nas análises estatísticas utlizadas. Apenas um estudo, recentemente publicado, avaliou estratificação das dife- rentes comorbidades (Figueiredo M, 2010). Nos estudos de Bravo JR et al. (1997), o autor sugere que doenças crônicas como asma, DM e anemia falciforme contribuem para o desenvolvimento de FHD/SCD. Já no estudo de Lee M-S (2006), utilizando regressão logística, os fatores de risco para FHD/SCD eram idade acima de 65 anos, DM, HAS e in- suficiência renal. Porém, os resultados algumas vezes são conflitantes em não demonstrar uma associação de comormidade e desfecho desfavorável, como no estudo de Lye DC et al. (2010) que, comparando pacientes jovens com maiores de 60 anos, identificou que, apesar da maior frequência de comorbidade entre idosos, não houve diferença de desfecho quando comparado com menores de 60 anos. Brito C et al. (2008), comparando DC e FHD, não encontrou diferenças entre a presença de comorbidade e risco de desenvolver as formas graves. Mais recentemente, um estudo de Figueiredo M et al. (2010) encontrou uma associação entre DM e alergia com formas graves da dengue (FHD), mas não para HAS e asma. Ao estratificar os grupos em diferentes intensidades de do- enças, observaram que hipertensos com uso de mais de um anti-hipertensivo e diabéticos em uso de insulina ou que utilizavam mais de uma droga tinham mais chances de ter FHD, porém as diferenças não eram significantes e apenas os asmáticos que utilizavam corticóide é que mostravam um risco associado a forma grave, com diferença estatisticamente significativa. Estes achados reforçam o fato de que apenas ter a comorbidade pode não determinar um aumento de risco, mas este deve estar relacionado à intensidade da doença de base, sendo necessário, no futuro, novos estudos para definir sub- grupos de pacientes que necessitam de abordagem e protocolos diferenciados.

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