DENGUE DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO ADULTO E CRIANÇA

Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 53 em uma análise multivariada que o único fator capaz de predizer FHD era a PL positiva. Dois outros estudos de campo nesta revisão consideraram o uso da PL limi- tada, porém o desfecho analisado foi a presença de sangramento espontâneo, concluindo os autores que a PL não serve como marcador capaz de predizer o surgimento de sangramento espontâneo em casos de dengue (Dìaz-Quijano FA, 2008; Dìaz-Quijano FA, 2010). Conclusão: A PL deve ser utilizada na prática clínica como um dos elementos de triagem na suspeita de dengue. A PL positiva é uma manifestação frequente nos casos de dengue, principalmente nas formas graves (FHD), e apesar de não ser específica, serve como alerta para o risco de evolução para as formas graves, necessitando o paciente de um monitoramento clinico e laboratorial mais estreito . 11.2 Comorbidades A presença de comorbidade tem sido considerada por alguns autores como um fator de risco. O Ministério da Saúde, em seu último manual, baseado na experiência de especialistas, alerta para um grupo de pacientes com maior risco, associado à evolução desfavorável, necessitando de acompanhamento clínico di- ferenciado, que incluem os portadores de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus , asma brônquica, doenças hematológicas ou renais crônicas, doença gra- ve do sistema cardiovascular, hepatopatias, doença ácido-péptica ou auto-imune. Apesar de existir um consenso que pacientes com comorbidades e idosos estão sob risco maior de desenvolver as formas graves e suas complicações, a exemplo do que ocorre com outras situações infecciosas e na presença de co- morbidades, há de se considerar que não basta ser portador de comorbidade, sendo necessário avaliar a intensidade da doença de base. Não é viável realizar uma abordagem diferenciada para qualquer paciente com doença associada, pois pacientes com doença controlada tendem a evoluir de forma semelhante aos demais pacientes. Não há evidência de que a interna- ção para todos os pacientes nessas situações reduza a letalidade, sendo neces- sário identificar as comorbidades de maior risco ou estratificar subgrupos de pacientes de acordo com a intensidade. Objetivando a elaboração de um parecer sobre o tema, foi realizada uma busca no Pubmed sobre o tema. Na análise dos artigos, observam-se diferenças de metodologia dos estudos que dificultam comparação. Entre as diferenças encontradas estão:

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