DENGUE DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO ADULTO E CRIANÇA

Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 51 11 Parecer técnico científico para situações especiais Baseado em ampla discussão com especialistas, em reunião técnica promo- vida pelo Ministério da Saúde, foram selecionados temas que suscitam dúvidas e controversas no meio médico, que podem influenciar na tomada de decisão diagnóstica e terapêutica, além de identificadas outras práticas terapêuticas ins- tituídas em algumas regiões do país que estão fora dos protocolos e carecem de comprovação científica. Para tanto, foram criadas áreas temáticas e grupos de estudos, responsáveis pela emissão de pareceres pautados em metodologia científica, com ampla re- visão da literatura, obedecendo a princípios de medicina baseados em evidên- cias. Um resumo das análises fará parte deste manual e o detalhamento será submetido a publicação em revistas científicas em momento oportuno. 11.1 Prova do Laço A realização da prova do laço é recomendada no protocolo do MS e útil para o estadiamento de casos, apesar da resistência por parte de alguns profissionais de realizar o método, por considerarem o teste pouco efetivo. Objetivando avaliar a importância do teste na condução de casos, os técni- cos do MS realizaram um levantamento de estudos científicos da literatura que avaliavam a eficácia do teste. Foram pesquisados artigos científicos indexados no Pubmed (http://www. pubmed.gov) e selecionados 15 estudos que permitiam avaliação da prova do laço que incluíram série de casos, estudos de caso controle, estudos observa- cionais e coortes. A análise dos trabalhos identificou que há uma grande variação da popula- ção estudada e na metodologia aplicada, o que dificulta comparação entre os estudos. Diferentes variações foram observadas, tais como: a) número da amostra, com estudos envolvendo de 34 pacientes (Faridi MM, 2008) a 905 casos (Phuong C, 2002); b) faixa etária, com nove estudos envolvendo apenas crianças, três com adultos e outros dois com ambas as faixas etárias, o que poderia interferir no resul- tado de positividade ou facilidade na aplicação do teste (Kapra SK, 1999); c) desenho do estudo; d) diferentes grupos de comparação;

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