DENGUE DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO ADULTO E CRIANÇA

Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 40 O choque é de início súbito e acontece na fase de defervescência, em geral de- pois de dois a cinco dias do início da febre. A SCD caracteriza-se por sinais de insuficiência circulatória demonstrada por: • pulso rápido e fraco; • diminuição da pressão de pulso (menor ou igual a 20 mmHg) ou hipoten- são para a idade; • perfusão capilar prolongada (>2 seg.), pele fria e úmida, mosqueada; • ausência de febre; • taquicardia/bradicardia; • taquipneia; • oliguria; • agitação ou torpor. Não é incomum os pacientes, na fase inicial de choque, apresentarem nível sensorial preservado. Na fase do choque, as manifestações hemorrágicas, quan- do presentes, geralmente se intensificam, como também se acentua a tromboci- topenia, à medida que a síndrome de extravasamento se mantém. O choque da dengue é de curta duração, ainda pode ser recorrente e, na maioria dos casos, não excede a 24-48 horas. Este fenômeno resulta na diminuição do volume plasmático, gerando hipo- volemia, aumento do hematócrito, diminuição da albumina, baixo débito cardí- aco, diminuição do débito urinário, hipoperfusão tecidual, hipotensão arterial e choque, e, se não tratada adequadamente, com reposição volêmica adequada, pode levar o paciente ao risco de disfunção orgânica pós-choque e ao óbito. • Formas refratárias à reposição volêmica (cristaloide ou coloide): » deverá ser investigado sangramento, CIVD e tratados com hemocom- ponentes específicos; » outra possibilidade seria a disfunção miocárdica, que cursa com o desempenho ventricular diminuído (FE <50%), que pode ser docu- mentado por ecocardiograma, e necessita, para otimização do débito cardíaco, do uso de inotrópicos e drogas vasoativas ( Dopamina , Dobu- tamina , Milrinona , Levosimendan ). O choque da dengue apresenta como principal componente hemodinâmico o aumento da permeabilidade vascular, que pode cursar com o aumento do tônus vascular (aumento da Resistência Vascular Sistêmica – RVS), que se com- porta clinicamente como choque frio , com deficiência do volume intravascular (componente hipovolêmico) e pode estar associado a uma disfunção miocárdi-

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