EMERGÊNCIAS CREMERJ 2009

Gênero e Idade • Masculino – 65%; • Feminino – 35%; • Idade entre 46 à 55 anos- 36%; • Tempo de formado acima de 20 anos – 52%; • Residência médica – 75%; • Título de especialista – 50% Formação Profissional • Tempo de emergência entre 11 e 20 anos – 36%; • Tempo como chefe de equipe entre 1 e 5 anos – 65%; • Vínculo funcional concurso público - 58%; • Trabalho além da emergência (privado) – 37% Formação Acadêmica • Mestrado – 13%; • Doutorado – 2%; • Atividade docente em Medicina – 13% Participação em Congressos • Na cidade- 80%; • No estado – 48% • Outro país – 11% Publicações Científicas • Publicação de artigo científico – 52%; • Acesso à revista científica – 82%; • Informação científica na Internet – 93% Atualização Profissional • Atualização na área de atuação – 83%; • ATLS – 35%; • Maior dificuldade interpretação de ECG – 24%; • Especialidade de Emergencista importante – 98% Situação da Emergência • Existência de protocolos – 52%; • Utilização dos protocolos – 46%; • Critério para lotação na emergência necessidade do serviço – 56%; PESQUISA COMPROVA PROBLEMAS DAS EMERGÊNCIAS Os números agora comprovam o que o CREMERJ tem constatado nas visitas constantes realizadas nos hospitais da rede pública: 98% das emergências estão com superlotação de pacientes. Em 77% das equipes de emergência faltam médicos, principalmente clínicos, pe- diatras, ortopedistas e neurocirurgiões. Tal situação é agravada pelos baixos salários e tem afastado os médicos do serviço público, além de ocasionar um precário atendimento à população, o que ficou bastante claro, durante a recente epidemia de dengue no Rio de Janeiro. O CREMERJ vem denunciando essa crise da rede pública às autoridades, em diversas reuniões e pela imprensa. Mas as autoridades continuam omissas... A pesquisa realizada pelo Grupo de Trabalho sobre Emergência do Conselho, com 129 chefes de equipes do setor de 18 hospitais, e divulgada no seu recente Congresso de Emer- gência (2008), mostram também que o déficit de médicos tem como razões: salários baixos (apontada por 34% dos entrevistados), sobrecarga de trabalho (24%), falta de condições ma- teriais (20%) e superlotação das emergências (22%). Os chefes de equipe afirmaram que a forma de solicitação de transferência de pacientes graves tem sido muito difícil. Dentre os entrevistados, 60% tentam com outras unidades por telefone, 25%, pela central de regulação e 15%, via rádio. A forma de chegada dos pacientes graves transferidos de outras unidades é, em 41% dos casos, por contato prévio por telefone; 34% sem contato prévio; 24% por via rádio; e 12% pela central de regulação. O CREMERJ vem denunciando que a central de regulação está longe de ser eficiente, sendo necessário que seja organizado o mais rápido possível. Caso contrário, pacientes e médicos vão continuar sofrendo com o caos. Outro dado preocupante da pesquisa: 40% dos pacientes crônicos permanecem mais de 15 dias nas emergências, quando o limite recomendado seria de, no máximo, 12 horas. O CREMERJ tem denunciado que a rede pública não tem porta de saída nem leitos de retaguarda suficientes para os pacientes. Mas as autoridades continuam omissas... Mas nós não nos omitimos e continuaremos a lutar pela melhoria das condições de traba- lho e de salário para os médicos e por um melhor atendimento à população. Fonte : Editorial publicado no Jornal do CREMERJ, Maio/2008.

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