CREMERJ reivindica ao MEC garantia de salários para médicos
08/12/2022
O CREMERJ reivindicou, por meio de ofício ao Ministério da Educação (MEC), enviado nesta quinta-feira, 8, a garantia do pagamento dos salários dos médicos residentes. No texto, o Conselho expressa sua preocupação com as recentes notícias divulgadas pela imprensa de que as bolsas de cerca de 14 mil médicos residentes, que atuam em hospitais universitários da rede federal, poderiam ser suspensas. O documento ainda chama atenção para o risco de que tais interrupções também podem atingir médicos contratados e demais profissionais de saúde, o que poderia intensificar os transtornos na assistência da população. O ofício pede à pasta resposta e providências para toda essa situação.
De acordo com as reportagens assinadas por diversos veículos, o MEC teria afirmado que as remunerações referentes a dezembro – as que devem ser efetivadas no início de janeiro de 2023 – seriam prejudicadas em razão dos bloqueios orçamentários sofridos na última semana, o que impactaria na falta de cerca de R$ 65 milhões à pasta para realizar as quitações.
Diante dessas informações, o CREMERJ reivindica a garantia do pagamento dos médicos, reforçando, no texto, a importância de cada um dentro das unidades federais de saúde, principalmente para assegurar a continuidade do atendimento aos brasileiros. Além da questão da assistência, os hospitais universitários são essenciais na capacitação e na formação de médicos especialistas e qualquer interrupção de recursos também afeta diretamente a qualidade do treinamento desses profissionais. A situação, obviamente, é agravada se as suspensões afetarem médicos contratados e demais profissionais de saúde.
“O estado do Rio de Janeiro sedia hospitais universitários importantíssimos para a formação de novos especialistas e, principalmente, para o atendimento da população. Os médicos residentes ou contratados e demais profissionais de saúde têm uma participação fundamental, então nenhum pagamento de salário pode ser impactado. Por todos esses motivos, o CREMERJ se posiciona em prol desses médicos e dos pacientes, que seriam muito prejudicados com essa situação. Acreditamos que o MEC também entende isso e esperamos uma resposta positiva acerca do nosso ofício”, explicou o presidente do Conselho, Clovis Munhoz.
Clique aqui e veja o texto do ofício na íntegra.